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XII Bienal Internacional de Arte Jovem

Exposição

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12 de novembro a 16 de dezembro de 2022

Edifício da Antiga Escola Primária

Rua 1º de Maio, Vila Verde

GPS: 41.64988368168673

      -8.437691891987463

Horário de funcionamento:

segunda a sábado* - 14h00-18h00

Visitas Guiadas:

terças, quintas e sábados das 16h00 às 18h00, por marcação prévia com 48h de antecedência, através do contacto telefónico +351 253 323 600

* encerra aos feriados

07/12/2022

Apresentação do Livro e Documentário "Amar o Minho"

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16/11/2022

Centro de Ciências Gastronómicas de Vila Verde nomeado para os Prémios Construir 2022

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O edifício que acolhe a XII Bienal Internacional De Arte Jovem de Vila Verde (futuro Centro de Ciências Gastronómicas de Vila Verde) está nomeado para os Prémios Construir 2022, na categoria Arquitetura - Melhor Projeto Público. 

Promovida pelo 15º ano consecutivo, a iniciativa é organizada pelo jornal Construir, uma publicação nacional da indústria da construção, abarcando as áreas da arquitetura à engenharia passando pelo imobiliário, materiais e equipamentos. 

Esta edição conta com 105 nomeados, repartidos por 4 grandes categorias: Arquitetura - Engenharia - Construção - Imobiliário. 

Os nomeados foram escolhidos pela redação do Construir, com base no trabalho desenvolvido ao longo do período em apreciação, tendo em contra critérios como a capacidade de inovação, visibilidade mediática, distinções nacionais e internacionais.  

Os vencedores de cada categoria são escolhidos através de votação online pelos assinantes do Construir e pelos subscritores da newsletter diária do Construir. 

Os resultados das votações serão conhecidos no dia 21 de novembro, em cerimónia a realizar no CineTeatro Capitólio, em Lisboa. 

𝗩𝗼𝘁𝗲 𝗻𝗼 𝗘𝗱𝗶𝗳𝗶́𝗰𝗶𝗼 𝗱𝗼 𝗖𝗲𝗻𝘁𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝗖𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮𝘀 𝗚𝗮𝘀𝘁𝗿𝗼𝗻𝗼́𝗺𝗶𝗰𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗩𝗶𝗹𝗮 𝗩𝗲𝗿𝗱𝗲.
 
As votações estão abertas até à próxima quinta-feira, 17 de novembro 


https://premios.construir.pt/2022 

#municipiodevilaverde #vilaverde #premios #construir

14/11/2022

Extraordinária exposição de arte lança jovens talentos

Abertura da XII Bienal Internacional da Arte Jovem de V. Verde 12.11.2022  (1).JPG

XII Bienal Internacional de Arte Jovem está aberta ao público em Vila Verde


Está aberta ao público a XII Bienal Internacional de Arte Jovem. São 104 obras, de 102 autores nacionais e internacionais, que podem ser visitadas no edifício requalificado da antiga escola primária de Vila Verde. Numa edição que bateu todos os recordes, sobressai a imensa qualidade e grande variedade artística de jovens talentos.

“É extraordinária a qualidade das obras, o que evidencia bem o talento destes jovens e o trabalho de qualidade que está a ser feito nas escolas”, destacou a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, na abertura da exposição.

Apontando a Bienal como “excelente rampa de lançamento para os jovens se afirmarem no mundo da arte”, a autarca valorizou a importância do evento para a valorização e afirmação de novos talentos, com impacto especial em tempos de crise. Nesse contexto, Júlia Fernandes deixou uma mensagem de “fé, esperança e resiliência”, para que não desistam dos sonhos e possam superar as dificuldades.

“Depois de uma crise pandémica, entramos num período marcado pelos efeitos da guerra, sentimos o mundo instável e problemas, mas não devemos deixar que a arte fique relegada para segundo plano, porque é ela que nos ajuda a viver e a enfrentar muitas vezes os dias mais negros no mundo que nos rodeia”, partilhou a presidente da Câmara.

 

Qualidade


Numa cerimónia de abertura que contou com momentos musicais interpretados por jovens da Academia de Música de Vila Vede, a exposição da XII Bienal pôde ser visitada por dezenas de pessoas que fizeram questão de apreciar as obras distribuídas pelas diferentes salas do futuro Centro de Promoção da Gastronomia e Ciências Gastronómicas.

O diretor artístico e presidente do júri, Luís Coquenão, reconheceu o trabalho difícil de seleção e distinção das obras, face à imensa qualidade. Para lá da subjetividade que se impõe na arte, valeu a apreciação técnica das obras. Foram distinguidas 10 obras – juntando as quatro premiadas e as seis menções honrosas –, com “um nível de qualidade extremamente aproximado”.

Com Luís Coquenão, integraram o júri desta Bienal os artistas plásticos Maciel Cardeira, Jean Pierre Porcher, Isaque Pinheiro e Rafael Ibarra.

O Grande Prémio da Bienal foi, mais uma vez, patrocinado pelo Banco BPI, que através do gerente do balcão de Vila Verde, Mário Lopes, assumiu a responsabilidade social da instituição que ao longo os últimos 20 anos tem colaborado para a concretização de um evento cuja excelência é comprovada pelo seu contínuo crescimento.

Eva Maria Moreira Resende (com “Destroying Memorie Serie”) e Laura Pinto da Mota (com “Sei que muitos dias acordas e desejas estar completo/Aos Teus Pés”) que venceram, ex-aequo, o Grande Prémio da Bienal.

O Município de Vila Verde assumiu o segundo prémio, atribuído a Maria Luísa Carvalho, pela obra “Pétalas de Luz”.

O Instituto Português do Desporto e da Juventude, através da Direção Regional do Norte, é um dos parceiros da Bienal, patrocinando o Prémio Revelação para autores até aos 20 anos de idade, que distinguiu a obra de Maria de Monserrate Costa, “Sinfonia num Lugar de Tensão”.

As menções honrosas foram atribuídas a obras de Lucas Varillas Fernández, Pedro Gramaxo, Rui Filipe Freitas Ferreira, Sally Santiago, Susana Cristina Ferreira de Carvalho, Maria Luzia Almeida Cunha de Alegre e Silva.

Da XII Bienal Internacional de Arte Jovem são ainda parceiros a Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela e da Associação D’Arte – Associação de Jovens Artistas de Vila Verde.

Ver Galeria

07/11/2022

XII Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

Inauguração da Exposição | Entrega de Prémios

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02/11/2022

XII Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

OBRAS PREMIADAS

O Júri de Premiação constituído pelo Pintor Luís Coquenão, Diretor Artístico da XII Bienal Internacional de Arte Jovem, Isaque Pinheiro, Artista Plástico, Maciel Cardeira, Presidente da D'Arte e Artista Plástico, Jean Pierre Porcher,  Arquiteto e Artista Plástico, Rafael Ibarra, Artista Plástico, reuniu a 28 de outubro e decidiu premiar as seguintes obras a concurso:

 

GRANDE PRÉMIO BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE JOVEM (Ex.Aequo):

  • Destroying Memórie Serie, de Eva Maria Moreira Resende

  • Sei que muitos dias acordas e desejas estar completo/Aos teus Pés, de Laura Pinto da Mota

 

SEGUNDO PRÉMIO DA BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE JOVEM 

  • Pétalas de Luz, de Maria Luísa Capela Rodrigues Carvalho

 

PRÉMIO REVELAÇÃO

  • Sinfonia num Lugar de Tensão, de Maria de Monserrate Ribeiro e Costa

MENÇÃO HONROSA

 

  • O Senhor da Pedra, Lucas Varillas Fernández

  • Landscape #6, de Pedro Gramaxo

  • S/Titulo (da natureza), de Rui Filipe Freitas Ferreira

  • Na antessala da consciência, de Sally Santiago

  • Lepus I e Lepus II, de Susana Cristina Ferreira de Carvalho

  • a Symphony for a beloved Sky, de Maria Luzia Almeida Cunha Alegre e Silva

29/07/2022

Exposição dos artistas convidados da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira

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Vila Verde integra o circuito das exposições dos artistas convidados da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira, com a apresentação de 20 artistas, dos 100 artistas convidados , numa seleção que elogia a pintura sobre diferentes suportes e que mimetiza a imagem e as emoções na resposta ao tema “WE MUST TAKE ACTION / DEVEMOS AGIR!”.

 

Artistas representados em Vila Verde: Agostinho Santos, Ana Gil Rodríguez, André Sier, Benedita Kendall, Cabral Pinto, Ção Pestana, Carlos Casteleira, Fernanda Araújo, Filipe Rodrigues, Ilídio Salteiro, Isabel de Sá, Isabel Lhano, Isabel Lima, JOH – Jorge Humberto Marques, Johanna Speidel, Manuel Lima, Márcia Luças, Nicoleta Sandulescu, Tchelo, Tereza Trigalhos.

15/07/2022

Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde - Seleção das Obras a Concurso

Em resultado da reunião do Júri de Seleção, constituído pelo Coordenador Artístico e Presidente do Júri, o Pintor Luís Coquenão, pelo Artista Plástico Maciel Cardeira, pelo Pintor e Arquiteto Jean Pierre Porcher, pelo escultor Isaque Pinheiro e pelo Artista Plástico Rafael Cruz Ibarra, foram selecionados, dos 194 projetos de 120 artistas apresentados,  108 projetos e 104 artistas.

 

A entrega das obras deve proceder-se no período de 29 de agosto a 15 de setembro, na Biblioteca Professor Machado Vilela, em Vila Verde, de acordo com o seguinte horário:

 

2ª a 6ª feira das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h30

 

Consultar tabela

Contactos Biblioteca

15/06/2022

Inauguração da Escultura "O Néctar dos Deuses" de Pedro Figueiredo

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Dia 17 de junho de 2022, às 15 horas, na Adega Cultural de Vila Verde

06/06/2022

Exposição "O Traje e o Trajar Popular no Baixo Minho - Finais do Sec. XIX, primeiras décadas do Séc. XX" em exibição na

Biblioteca Municipal

Com vista à valorização de um dos maiores legados do património da região, a Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde, inaugurou na noite de ontem uma exposição dedicada “ao Traje e ao Trajar do Baixo Minho”, organizada pela Rusga de S. Vicente de Braga e pela Câmara Municipal de Vila Verde.

A exposição "O Traje e o Trajar Popular no Baixo Minho - Finais do Sec. XIX, primeiras décadas do Séc. XX" é constituída por três núcleos temáticos, integrando peças soltas do trajo feminino e masculino, manequins que exibem algumas tipologias mais usuais e também os tradicionais agasalhos femininos, como xailes e mantas, quer em cores, tecidos ou padrões.

Na inauguração da exposição, a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes fez questão de salientar a importância de manter a tradição do traje minhoto, «legado que tanto engrandece e diferencia a região». «É para nós um motivo de orgulho poder apreciar a tradição do nosso povo e sua indumentária que tanto nos diferencia. É extremamente importante que os nossos ranchos continuem a manter este maravilhoso legado, que representa uma grande mais-valia do património que caracteriza e identifica a nossa região», defendeu Júlia Fernandes.

José Pinto, membro da Rusga de S. Vicente, explicou que com esta exposição a associação pretende «desmistificar alguns preconceitos sobre a indumentária do traje do Baixo Minho».

A cerimónia de abertura contou com os cantares do Rancho Folclórico de Marrancos, representado também por Abílio Ferreira, seguindo-se uma visita guiada a todos os núcleos da exposição.

A exposição pode ser apreciada até 15 de julho. No primeiro e principal núcleo, entre as peças soltas do trajo feminino e masculino pode-se encontrar saias debaixo (brancas ou saiotes de cor), ceroulas, camisas de dormir, camisas e saias de fora, aventais, coletes e corpetes, algibeiras, calças, jaquetas, capotilhas, capas ou capotes, socos, chinelos, sapatos, chancas, passando pela diversidade de adornos em ourivesaria, até aos adereços mais característicos de cada tipologia do trajar. Algumas das peças soltas ou combinadas expostas possuem referências específicas quanto à sua “função” e “modos de uso”.

No segundo núcleo temático, composto por manequins que exibem algumas tipologias mais usuais e identificativas do trajar popular baixo-minhoto, estão patentes trajos/fatos de cerimónia, de festa e de cotio (uso diário), quer sejam de mulher (em maior número), quer sejam de homem. Delas, são os trajos ricos pretos das lavradeiras abastadas, trajos com capotilha, com chapelinho, com lenços franjados e cachenês ou simplesmente de lenços traçados. Deles, são os trajos de jaqueta de fazenda ou pelúcia, coletes e camisas marcadas (bordadas) a várias cores, calças e faixas.

No terceiro e último núcleo temático da exposição, juntamente com os tradicionais agasalhos femininos, está um conjunto de lenços de cabeça e de traçar ao peito. Os espécimes apresentados tentam mostrar a diversidade quer de materiais (como sedas naturais, algodões, lãs, cambraias, tules, linhos entre outros), quer dos motivos que os enformam (florais, geométricos e vegetalistas).

13/05/2022

OPEN CALL

Confirme aqui as datas importantes para participação na XII Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

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08/04/2022

OPEN CALL

Inscrições abertas para participação na XII Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

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Encontram-se abertas as candidaturas para a XII Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, até 20 de junho.

Esta iniciativa, cuja direção artística está a cargo do Pintor Luís Coquenão, é destinada a artistas nacionais e estrangeiros até aos 35 anos, a concluir até 31 de dezembro de 2022, residentes ou não em Portugal.

O concurso e a exposição compreenderão, como habitualmente, as modalidades de cerâmica, desenho, escultura, gravura, pintura, técnica mista, tapeçaria, design, fotografia plástica, vídeo e instalação.

Nesta edição será atribuído o grande Prémio Bienal Internacional de Arte Jovem, no valor de 3.000,00€, o Prémio Revelação (até aos 20 anos de idade), no valor de 1.500,00€, o Segundo Prémio, no valor de 1.500€ e Menções Honrosas por modalidade.

A inscrição e entrega de projetos poderão ser efetuados através de e-mail para: bienal@cm-vilaverde.pt, entregue em mão ou via CTT (Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, Praça de Stº António , 4730- 728 Vila Verde).

A Bienal Internacional de Arte Jovem visa, essencialmente, divulgar e valorizar o trabalho de jovens artistas, promover o contacto da população com várias  de Arte, criar um espaço cultural de excelência criativa que promova o encontro entre jovens artistas nacionais e internacionais, agentes culturais especializados e públicos potenciais.

 

Mais informações aqui.

21/03/2022


Exposição "Aves do Cávado: Fotografias de António Moreira" inaugurada na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela

Está patente ao público na Biblioteca Prof. Machado Vilela, de Vila Verde, a exposição de fotografia “Aves do Cávado”, da autoria António Moreira. Trata-se de uma seleção de fotografias de aves selvagens observáveis na região do Vale do Cávado, em particular no território do concelho de Vila Verde.

 

Exposição patente até 22 de abril, na Biblioteca Municipal de Vila Verde

A exposição, que pode ser visitada até dia 22 de abril, remete para a biodiversidade e a importância da valorização ambiental no território, como salientou a presidente do Município de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, na inauguração da iniciativa, que contou ainda com as presenças dos vereadores Manuel Lopes e Patrício Araújo.

A sessão de inauguração contou com um momento musical dinamizado pela Academia de Música de Vila Verde e com uma leitura de poemas pela Companhia de Teatro Elenco Variável (Inês Lago, João Ventura), numa colaboração com a Escola Secundária de Vila Verde - Artista Residente ao abrigo do PNA-PNPSE.

 

António Moreira

Natural da Vila de Prado, António Moreira é um apaixonado pela Natureza, com especial gosto pelas aves, que se tem dedicado a fotografar e divulgar. Nas suas deambulações pelo território recolheu milhares de fotografias das aves que percorrem o vale do Cávado, desde as que adejam no alto dos montes às que se banham nas terras mais baixas dos rios, adornando as suas margens.

Esta atividade, que partilha com outros fotógrafos e ornitólogos amadores, assume uma grande valia científica e pedagógica, concorrendo para aquilo que se tem vindo a designar como Ciência Cidadã e contribuindo para a preservação das espécies, para a divulgação das suas características e insubstituíveis funções nos ecossistemas em que se encontram inseridas e ainda para a sensibilização das pessoas para a importância de todos fazerem a sua parte em matéria de salvaguarda da biodiversidade.

As fotografias de António Moreira estiveram patentes em exposições em Braga, Vila Nova de Famalicão e Vila Verde e integram o fundo documental da AquaLibri - Biblioteca Digital do Cávado. O autor é também fundador e administrador do Grupo de Natureza no Facebook “Natureza Viva”.

Arquivo de notícias

08/03/2021

Juliana Julieta, vencedora do Segundo Prémio da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde apresenta-nos a exposição “Singular Plural”.
A exposição foi inaugurada no dia 3 de março e é a primeira apresentação individual da artista na Galeria Módulo - Centro Difusor de Arte, Lisboa.

 

Comentário da artista acerca da exposição:

“Retratos, auto-retratos, auto-ficções. Um corpo no mundo, referente de autoinspeção íntima. Reflexos e ecrãs devolvem-me a minha imagem: fragmentada, estilhaçada, cubista. Do arquivo pessoal ao apropriado, nenhum dos dois mente a experiência vivida para a qual se busca expressão. Este referente é apenas pretexto ao desejo ávido de penetrar o tecido da imagem e, aí, descobrir em estado gestacional as suas cores, ritmos e texturas. A dança dos sentidos, o corpo pulsante.

Depois de pintar, olho para a vida com um olhar mais esfomeado, insaciável. Quero ver algo de forma ainda não pré-formatada. A figuração faz-me regressar ao mundo de uma forma direta, atenta, envolvida, inquisidora e deslumbrada. Com um olhar verde e renovado.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


É possível visitar a exposição "Singular Plural", a partir de 3 de março a 3 de abril, no horário da galeria: Terça a Sábado das 15h – 19h30.

Links:

Evento facebook

Conta Instagram 

Juliana Julieta | Artist | Lisbon, Portugal (wixsite.com)

www.julianajulieta.com

01/03/2021


Em tempos incertos e atípicos como o que vivemos atualmente, a arte continua a assumir um papel fundamental.

Hoje partilhamos o mais recente trabalho de Jorge Andrés Serrano, de origem galega, presenteia-nos com 3 obras: “Turrim”, “Libertas” e “sem tiíulo”.

Comentário do artista:

“O meu trabalho mais recente continua a linha desenvolvida na minha última etapa. Certos resíduos são usados para criar figuras e composições que servirão de ponto de partida, estando assim relacionados com uma arte ¨povera. Desta forma, são geradas imagens que giram entre realidade e aparência, consciente e subconsciente, morte e vida.

Vivemos em tempos estranhos, nunca imaginados, sendo um bom momento para o artista procurar e encontrar no seu interior o que nunca imaginou encontrar.”

Todos os projetos e novas obras disponíveis em:

Instagram:  jorgeorapronobis

Web:  www.jorgeandresserranopintura.wordpress.com

23/02/2021

De mãos dadas pelos artistas e pela criatividade!

Em tempos incertos e atípicos como o que vivemos atualmente, a arte continua a assumir um papel fundamental.

Como não podia deixar de ser, os artistas que participaram na XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde continuam a produzir as suas obras, as quais consciente ou inconscientemente são influenciadas por este contexto, que dita um marco na história da humanidade. Hoje partilhamos o mais recente trabalho de Rodrigo Seles.


Nasceu em 1987 em São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil. É Bacharel em Design pela Unesp - 2013, atuando na área em São Paulo. Inspira-se especialmente nas artes medieval, surreal e digital. Trabalha com guache e lápis de cor sobre papel e acrílica sobre tela. Em 2020 participou da Exposição. Apropriações na Lona Galeria, São Paulo, da 11ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, Portugal e em 2018 no Picnic Art Festival, em Shangai.

Atualmente expõe o seu trabalho junto de outros artistas da Lona Galeria na Exposição Acervo. Esta encontra-se em exposição até dia 27 de fevereiro de 2021, sendo possível visitar a mesma online ou através de agendamento prévio.
Para verem as exposições anteriores onde o artista partilhou as suas obras acedam a: https://www.lonagaleria.com/


Todos os projetos e novas obras disponíveis no instagram: @r.seles

17/02/2021

Em tempos incertos e atípicos como o que vivemos atualmente, a arte continua a assumir um papel fundamental.

Como não podia deixar de ser, os artistas que participaram na XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde continuam a produzir as suas obras, as quais consciente ou inconscientemente são influenciadas por este contexto, que dita um marco na história da humanidade.

De mãos dadas pelo artistas e pela criatividade!

 

Hoje partilhamos o mais recente trabalho de Mário Diogo da Silva Afonso, vencedor do Prémio Revelação da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, com a obra "Quem sou eu, e nós?".

 

 

Comentário do artista:

 

“Comecei a manipular imagens no Photoshop, apenas para aprender mais sobre o mundo da edição digital e hoje criar estas imagens é uma rotina criativa que me alimenta o bichinho da inspiração. Começo com uma ideia muito abstrata do que quero fazer com uma imagem base e penso de que forma a posso desfazer, tirá-la do seu estatuto humano, para um surrealismo pictórico.

Criar estas imagens é um refúgio de tudo o que vivemos no presente. Quando estamos fechados em casa, precisamos de algo que exercite o nosso cérebro e para mim ter esta estimulação criativa é a melhor conjugação entre aprender sobre edição digital e dar vida às ideias que correm na minha mente. Não há outra coisa, que me satisfaça mais do que ver estes pequenos trabalhos ganharem cor e forma!

Obrigado pela leitura, fiquem bem e saudáveis!”

Sigam a página de Instagram do artista

Gonçalo Delgado, fotojornalista e natural de Braga. Desde 2011, que se concentra em projetos a longo termo e Fotojornalismo Documental na Europa, desenvolvendo temas relacionados com a condição humana, mas não exclusivamente. Possui trabalho publicado em alguns dos mais reputados órgãos de comunicação social internacionais e é o Embaixador Português para a Fotografia da Sony Alpha. Reconhecido e premiado por diversas vezes, conta com dezenas de exposições em território nacional e internacional.

Renato Roque, natural do Porto, nos anos oitenta descobriu que era possível contar histórias com a fotografia e que essa era a forma certa de expressar as suas dúvidas e questionar as suas certezas. Desde essa altura que exerce uma atividade regular em fotografia e na escrita. Expôs individualmente, participou em exposições coletivas e publicou livros de fotografia e de ficção.

Vânia Viana, natural de Viseu, mas vive em Santa Comba Dão. Fascinada pelo mundo das artes desde que se conhece, sendo as áreas da fotografia, pintura, música, dança, moda, styling e “performing art” que mais a cativam e dão asas à criatividade. A nível da fotografia o seu trabalho é diverso, tendo no entanto mais incidência em fotografia de moda, retrato, editorial, documental e auto retrato. Tem participado em várias exposições quer coletivas, como a título individual.

Moderação: Vilaverdense Maciel Cardeira: Artista Plástico e Presidente da D'Arte. Grande Prémio da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde em 99 ( 1ª Edição) e desde então tem alcançado inúmeros reconhecimentos. Paralelamente à obra pública escultórica tem desenvolvido um trabalho de pesquisa e intervenção escultórica sustentado no movimento "land art" , tendo neste momento intervenções em Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Suécia, Maldivas, Brasil, Sardenha.

Conferência:

 "O PAPEL DA FOTOGRAFIA NA HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA"

Inserida no ciclo de conferências da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, irá decorrer a 16 de dezembro, quarta feira, uma conferência dedicada ao Papel da Fotografia na História da Arte Contemporânea.

Os oradores convidados são os fotógrafos Renato Roque, Gonçalo Delgado e Vânia Viana e a moderação estará a cargo de Maciel Cardeira, Artística Plástico e Júri da Bienal.

A fotografia é arte, técnica, documento?

Quando podemos dizer que uma fotografia é "artística"? Tantas perguntas, tantas respostas possíveis.

Inscrições aqui

Participe!

A iniciativa assinala, também, os 25 anos da Biblioteca Professor Machado Vilela.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

Fotografia e Arte_ o papel da fotografia

04/12/2020

 

A nossa última entrevista é a Diogo Nogueira, autor da obra, "Máscara I", Menção Honrosa da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde.

-» 𝙊 𝙦𝙪𝙚 𝙤 𝙡𝙚𝙫𝙤𝙪 𝙖 𝙥𝙖𝙧𝙩𝙞𝙘𝙞𝙥𝙖𝙧 𝙣𝙖 𝘽𝙞𝙚𝙣𝙖𝙡 𝙄𝙣𝙩𝙚𝙧𝙣𝙖𝙘𝙞𝙤𝙣𝙖𝙡 𝙙𝙚 𝘼𝙧𝙩𝙚 𝙅𝙤𝙫𝙚𝙢 𝙙𝙚 𝙑𝙞𝙡𝙖 𝙑𝙚𝙧𝙙𝙚? 𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙩𝙚𝙫𝙚 𝙘𝙤𝙣𝙝𝙚𝙘𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤 𝙙𝙚𝙨𝙩𝙖 𝙞𝙣𝙞𝙘𝙞𝙖𝙩𝙞𝙫𝙖?

R.: Concursos de Artes Plásticas são uma grande plataforma para expandir a credibilidade do trabalho de um artista emergente. O meu objetivo será viver, sendo pintor, assim, participar na Bienal de Vila Verde torna-se numa oportunidade de caminhar para esse objetivo. Tomei conhecimento da iniciativa dentro dos ateliês da Faculdade de Belas Artes do Porto, em conversa com colegas.

-» 𝙌𝙪𝙖𝙡 𝙛𝙤𝙞 𝙖 𝙨𝙪𝙖 𝙢𝙖𝙞𝙤𝙧 𝙞𝙣𝙨𝙥𝙞𝙧𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙖 𝙘𝙤𝙣𝙘𝙧𝙚𝙩𝙞𝙯𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙙𝙖 𝙤𝙗𝙧𝙖?

R.: A pintura faz parte de um conjunto de duas obras. A ideia para a sua realização, surgiu com a minha leitura de obras de Carl Jung e Sigmund Freud. Apesar de crítico das suas teorias, não nego as observações pertinentes que ambos os psicanalistas fazem. A ideia de máscara social - persona - que Carl Jung apresenta, suscitou-me extrema curiosidade; a exploração pictórica associada a este tema, interessou-me especialmente. Credito também o meu interesse contínuo pelo humano e pela condição de existência em que este se encontra, como importante motivo para a minha pintura. As relações que estabelecemos e como as mantemos são temas que considero de grande complexidade e que me estimulam conceptualmente.

-» 𝙎𝙚𝙡𝙚𝙘𝙞𝙤𝙣𝙤𝙪 𝙖 𝙥𝙞𝙣𝙩𝙪𝙧𝙖 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙧𝙚𝙩𝙧𝙖𝙩𝙖𝙧 𝙪𝙢𝙖 𝙣𝙖𝙧𝙧𝙖𝙩𝙞𝙫𝙖. 𝙏𝙧𝙖𝙩𝙖-𝙨𝙚 𝙙𝙚 𝙪𝙢𝙖

𝙢𝙤𝙙𝙖𝙡𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙙𝙚 𝙚𝙡𝙚𝙞𝙘̧𝙖̃𝙤?

R.: A narrativa representa um papel importantíssimo no meu universo. Vejo isto, no

entanto, não como algo único, mas sim natural. Não considero artificioso afirmar que

muitos de nós sentimos afinidade com narrativas. Contos e mitos sempre existiram,

sejam estes registados de forma pictórica como as pinturas rupestres – que, em si,

vejo como uma forma de registar histórias - seja de forma oral, nos vários épicos de

tradição oral. A relação do humano com a narrativa é intemporal. É evidente que esta

vertente está especialmente e conscientemente aplicada nas minhas pinturas, sendo

esta obra (“Mascara I”) exemplo disso.

-» 𝙐𝙢𝙖 𝙈𝙚𝙣𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙃𝙤𝙣𝙧𝙤𝙨𝙖 𝙚́ 𝙪𝙢 𝙧𝙚𝙘𝙤𝙣𝙝𝙚𝙘𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤 𝙙𝙤 𝙨𝙚𝙪 𝙩𝙧𝙖𝙗𝙖𝙡𝙝𝙤 𝙚𝙣𝙦𝙪𝙖𝙣𝙩𝙤

𝙖𝙧𝙩𝙞𝙨𝙩𝙖. 𝙊 𝙦𝙪𝙚 𝙨𝙚𝙣𝙩𝙞𝙪 𝙘𝙤𝙢 𝙚𝙨𝙩𝙖 𝙖𝙩𝙧𝙞𝙗𝙪𝙞𝙘̧𝙖̃𝙤?

Sinto-me extremamente honrado pelo reconhecimento. A menção honrosa é um voto

de confiança, um voto que irá contribuir positivamente para a minha evolução enquanto

Artista Plástico.

-» 𝙀𝙣𝙦𝙪𝙖𝙣𝙩𝙤 𝙖𝙧𝙩𝙞𝙨𝙩𝙖 𝙘𝙤𝙢𝙤 𝙩𝙚𝙢 𝙡𝙞𝙙𝙖𝙙𝙤 𝙘𝙤𝙢 𝙖 𝙘𝙤𝙣𝙟𝙪𝙣𝙩𝙪𝙧𝙖 𝙖𝙩𝙪𝙖𝙡 𝙚𝙢 𝙦𝙪𝙚 𝙣𝙤𝙨

𝙚𝙣𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙢𝙤𝙨, 𝙧𝙚𝙨𝙪𝙡𝙩𝙖𝙙𝙤 𝙙𝙖 𝙥𝙖𝙣𝙙𝙚𝙢𝙞𝙖 𝙥𝙧𝙤𝙫𝙤𝙘𝙖𝙙𝙖 𝙥𝙚𝙡𝙖 𝘾𝙊𝙑𝙄𝘿-𝟭𝟵?

𝘼 𝙞𝙣𝙨𝙥𝙞𝙧𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙨𝙖𝙞𝙪 𝙧𝙚𝙛𝙤𝙧𝙘̧𝙖𝙙𝙖?

Devido à pandemia os ateliês onde trabalhava, fecharam. Assim, vi-me forçado a encontrar novo espaço e condições de trabalho. Inicialmente deparei-me com restrições e constrangimentos, no entanto, penso que essas restrições me fizeram encontrar algo novo. Seja pelas restrições de modelo ou pelas restrições de cenário, novas soluções surgiram. Portanto, no meu caso diria que sim, a inspiração saiu reforçada.

-» 𝙌𝙪𝙚 𝙥𝙤𝙨𝙞𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙚́ 𝙦𝙪𝙚 𝙖𝙘𝙝𝙖 𝙦𝙪𝙚 𝙖 𝘼𝙧𝙩𝙚 𝙩𝙚𝙢 𝙦𝙪𝙚 "𝙖𝙨𝙨𝙪𝙢𝙞𝙧" 𝙣𝙚𝙨𝙩𝙚 𝙘𝙤𝙣𝙩𝙚𝙭𝙩𝙤 𝙙𝙚 𝙥𝙖𝙣𝙙𝙚𝙢𝙞𝙖?

Penso que a arte poderá sempre refletir a situação social em que o artista se insere. Assim sendo, penso que a arte tem, também, o papel de registar, de ponderar sobre todos os aspetos que constituem a vida humana contemporânea. Cultura é um instrumento de importância central para o combate à ignorância, sendo assim, considero que a arte deve continuar a desempenhar o papel que sempre manteve – desafiar a pensar.

-» 𝙋𝙤𝙧 𝙤𝙣𝙙𝙚 𝙖𝙣𝙙𝙖 𝙤 𝙖𝙧𝙩𝙞𝙨𝙩𝙖 𝘿𝙞𝙤𝙜𝙤 𝙉𝙤𝙜𝙪𝙚𝙞𝙧𝙖? 𝙌𝙪𝙖𝙞𝙨 𝙤𝙨 𝙥𝙧𝙤𝙟𝙚𝙩𝙤𝙨 𝙖 𝙘𝙪𝙧𝙩𝙤 𝙥𝙧𝙖𝙯𝙤?

Ultimamente tenho desenvolvido o meu trabalho num atelier no Porto, e estou a terminar a minha licenciatura em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Após a sua conclusão, pretendo usufruir de um ano sabático, para desenvolvimento de trabalho, construção de portefólio e melhoria de currículo, para assim, reunir todas as condições necessárias para concorrer a uma bolsa de estudo, cujo objetivo será poder ingressar num Mestrado em Pintura.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #XIedicao #mascara

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03/12/2020

 

João Sousa Pinto, autor da obra "RGB", é uma das Menções Honrosas da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde.

-» 𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐚 𝐦𝐨𝐭𝐢𝐯𝐚çã𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐫 𝐧𝐚 𝐁𝐢𝐞𝐧𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐀𝐫𝐭𝐞 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐥𝐚 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞?

R.: Não me estreei nesta edição da Bienal, participei na edição anterior onde tive

contacto com o espaço, a organização e o ambiente. O facto de ter tido uma

experiência muito positiva levou-me a concorrer novamente este ano, que

infelizmente pelo critério de limite de idade é o último em que me é possível fazê-lo.

Há um conjunto de circunstâncias que me parecem interessantes, antes de

mais o encontro entre artistas que a bienal promove, a própria oportunidade de

expor o nosso trabalho e claro: a atribuição de prémios é também um factor aliciante.

-» 𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐝𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚 “𝐑𝐆𝐁”?

R.: A obra que propus à Bienal está inscrita num contexto de produção mais amplo,

que tenho vindo a desenvolver pelo menos desde 2016 de uma forma mais

assumida, embora consiga perfeitamente identificar características em momentos

anteriores que determinaram essa viragem. A certa altura comecei a aliar a ideia de

pintar a um princípio de "ocupação do espaço". No fundo comecei a interessar-me

sobretudo pela vocação tridimensional da pintura, que me parece estar sempre

presente, mesmo quando esta é feita apenas na superfície plana do papel, da tela,

da madeira... Qualquer pessoa que pendure um quadro numa sala compreende

que há constrangimentos, contaminações e um regime visual que ultrapassa a

imagem pintada e ao qual esta está sujeita. Comecei a produzir algumas construções

conjugando objectos pintados, de materiais e dimensões variáveis, regra geral

com cores planas, activando o desenho do próprio suporte. Embora inscreva estes

trabalhos numa noção ampliada de pintura, o aspecto é mais próximo de uma

prática de instalação. A par destas construções produzi pinturas planas com base nesses conjuntos mais precários. Estas não pretendiam ser sempre representações exactas, embora em alguns casos estivessem próximas disso. Em algumas situações inverti o processo partindo assim dessas imagens para um conjunto tridimensional. Estas peças debruçam-se sobre alguns princípios básicos da própria pintura: plano, forma, cor, referente/representação, ilusão/apresentação. Nesta fase comecei também a utilizar o aço como suporte, o que me permitiu fazer deformações de uma forma controlada. Este é precisamente o caso da peça exposta na Bienal, pintada em acrílico sobre uma placa de aço inoxidável, dobrada, que ocupa dois planos: o plano horizontal do chão e a parede. O título "RGB" (red,green,blue), faz alusão às cores da pintura, pretendendo subverter, ou de certa forma diminuir a importância da representação na imagem. A leitura multiplica-se assim em diversos planos: primeiro como a imagem ilusória de uma grade de tela, aludindo à própria prática da pintura através da representação de um suporte físico; Segundo pela forma como ocupa tridimensionalmente o espaço e activa o próprio desenho do suporte e por último através do título "RGB" que negligencia a própria ideia de objeto representado.

-» 𝐔𝐦𝐚 𝐌𝐞𝐧çã𝐨 𝐇𝐨𝐧𝐫𝐨𝐬𝐚 é 𝐮𝐦 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐞𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐚𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐢çã𝐨?

É um sinal muito positivo, que recebi com grande satisfação. Não tenho sempre uma relação muito pacífica com o meu trabalho, o que creio ser mais ou menos comum entre artistas, não me refiro com isto a uma dimensão exageradamente dramática – tantas vezes utilizada para retratar artistas no cinema e na literatura – mas antes a critérios de avaliação que por vezes me imponho e que possam ser desnecessários ou até contraproducentes. Um bom feedback tem por vezes a grande vantagem de levantar constrangimentos desnecessários. O reconhecimento é também um fator importante na manutenção do ânimo, que para mim é um motor fundamental em qualquer processo de trabalho.

-» 𝐄𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐣𝐮𝐧𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐚𝐭𝐮𝐚𝐥 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐨𝐬 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐦𝐨𝐬, 𝐫𝐞𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐯𝐨𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐎𝐕𝐈𝐃-𝟏𝟗? 𝐀 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐬𝐚𝐢𝐮 𝐫𝐞𝐟𝐨𝐫ç𝐚𝐝𝐚?

Não tenho por hábito trabalhar a partir de temas do nosso contexto mais imediato, nessa perspectiva sinto-me tentado a afirmar que a minha relação com este contexto é muito mais relevante para mim enquanto cidadão, não fossem ambas as dimensões difíceis de destrinçar... Por outro lado, se há menos oportunidades de trabalho, há necessariamente mais dificuldade em manter a atividade e é claro que isso pode afetar a produção artística de uma forma negativa. A pandemia, por razões óbvias, monopolizou o território de discussão, tornou-se um tema obsessivo, talvez este desassossego seja inspirador para alguns artistas, mas eu creio que a maioria beneficia de um ambiente mais liberto e plural. No geral tenho visto menos exposições, tenho tido muito menos contactos sociais, perdi algumas oportunidades de exposição... tenho muitas dúvidas que tudo isto possa reflectir-se de forma positiva no meu trabalho... Mas há que procurar manter o ânimo!

-» 𝐐𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨 é 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐀𝐫𝐭𝐞 𝐭𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 "𝐚𝐬𝐬𝐮𝐦𝐢𝐫" 𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚?

R.: Não acho que a arte tenha de se subjugar a um tipo de estratégia, modelo, nem tampouco que tenha de cumprir funções utilitárias – embora nada disto coloque em causa o seu valor imprescindível. Gostava de acreditar que a cultura enquanto sector podia sair deste contexto com uma importância reforçada, já que ficou bem clara a sua necessidade nos meses de confinamento, mas infelizmente tenho muito pouca esperança que assim seja.

É importante que as coisas continuem a acontecer, dentro daquilo que é possível e acho que se criaram algumas alternativas que poderão manter-se como soluções interessantes no futuro. Muitos museus e instituições procuraram adaptar a sua oferta aos meios digitais e em muitos casos com uma resposta muito positiva do público e agentes envolvidos. Estes eventos não substituem as actividades regulares, mas a utilização e normalização destas ferramentas – que já estavam disponíveis – por parte dos produtores culturais, poderá ter um efeito positivo na dinâmica de trabalho dos mesmos, o mais difícil será mesmo a questão da rentabilização...

𝐓𝐞𝐦 𝐮𝐦 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚? 𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐞 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮ê?

R.: Tenho muitos e por vezes até tenho relações obsessivas com a obra de determinados artistas, essas referências variam por fases.

Acho que me sinto influenciado principalmente pelos mais próximos, aqueles com quem tive a sorte de ter um contacto pessoal, sobretudo enquanto aluno, como o Pedro Proença ou a Joana Rego. Depois há vários artistas portugueses que gosto de acompanhar regularmente, como o Tiago Mourão, o João Francisco, Manuel Caeiro... Há muitos artistas internacionais de que gosto muito e aquilo que me interessa é sempre variável, há uma simpatia formal mais imediata, ou um interesse pelo conteúdo...

Acho que talvez seja menos exaustivo dizer que tenho um interesse especial por pintura, desenho, banda desenhada, ilustração, mas não exclusivamente. Custa-me sempre circunscrever, fazer listas, há muito que fica de fora e que consigo perfeitamente compreender dentro de um mesmo plano de importância.

-» 𝐏𝐨𝐫 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐉𝐨ã𝐨 𝐒𝐨𝐮𝐬𝐚 𝐏𝐢𝐧𝐭𝐨? 𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜𝐮𝐫𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨?

Tenho algumas exposições apalavradas, mas neste momento tudo me parece absolutamente incerto, como foi aliás todo este ano.

Continuo no atelier, a trabalhar regularmente e com alguma vontade de reformular determinadas orientações... Neste momento interessa-me conseguir produzir um bom volume de trabalho e a partir desse conjunto estabelecer algumas metas para o próximo ano.

Obrigada João!

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #xiedicao #RGB

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02/12/2020

Fomos conhecer melhor o Rafael Oliveira, autor da obra "Feels like home", uma das Menções Honrosas da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

-» 𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐚 𝐦𝐨𝐭𝐢𝐯𝐚çã𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐫 𝐧𝐚 𝐁𝐢𝐞𝐧𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐀𝐫𝐭𝐞 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐥𝐚 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞?

R.: A procura de reconhecimento do nosso trabalho é sempre algo que nós, artistas, colocamos em cima da mesa. Dada a fragilidade do panorama artístico nacional, noto importância, enquanto artista português, em trabalhar de forma intensa, com rigor e coerência, na procura de um fortalecimento progressivo da nossa camada artística nacional. Iniciativas como a Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde vem no seguimento deste pensamento, permitindo uma maior exposição não só de artistas nacionais, como também de internacionais, fomentando o desenvolvimento e dinamização de práticas artísticas.

-» 𝐅𝐚𝐥𝐞-𝐧𝐨𝐬 𝐝𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚 “𝐅𝐞𝐞𝐥𝐬 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐇𝐨𝐦𝐞”...

R.: A fusão entre a deterioração e o sublime é algo que tenciono evidenciar em

todas as composições que tenho vindo a desenvolver, como é exemplo a obra

Feels Like Home. Tenho um gosto peculiar por coisas que são aparentemente

inúteis, banais, e ordinárias, mas que revelam um enorme potencial artístico.

Procuro registar o processo de mutação dos objetos, dos espaços, e das

pessoas através da arte. Ainda que pareça uma ideia utópica, a tentativa de

perpetuação das imagens, serve de estímulo para o meu trabalho criativo.

Tal como a obra acima apresentada, a série de imagens que tenho desenvolvido

tem sido uma experiência, diria, bipolar. As visitas frequentes a espaços

predominantemente obsoletos e as personagens que acompanham algumas

das obras, fazem-me estar extremamente atento e absorver grande parte das

suas particularidades, a beleza por detrás de cada pedaço de madeira, de cada

gesto, ou as fotografias rasgadas que restavam nas paredes dos edifícios, e se

conheçam histórias incríveis, criando desta forma, um estreito vínculo emocional

com as cenas, e consequentemente, com as minhas peças. Sugerir uma

provocação contraditória ao olhar do espectador sobre imagens de cariz

negativo é efetivamente algo que busco atingir. A metodologia de trabalho que

tenho implementado em diversas peças como em Feels Like Home dilui

técnicas tradicionais e contemporâneas, o que me permite para além da

representação das cenas, obter um registo técnico que crie uma ligação direta

com a base conceptual.

É nesta nota irregular e por vezes acidental que o meu trabalho assenta, como um sinónimo do percurso existencial, da celebração da vida. A memória de um passado, a vivência do presente, e a certeza da decadência futura.

-» 𝐔𝐦𝐚 𝐌𝐞𝐧çã𝐨 𝐇𝐨𝐧𝐫𝐨𝐬𝐚 é 𝐮𝐦 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐞𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐚𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐢çã𝐨?

R.: Ser reconhecido pelo grupo de jurados num concurso da categoria da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde serve de impulso e estímulo para continuar a trabalhar de forma consistente, contribuindo para o futuro das artes visuais em Portugal.

-» 𝐄𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐣𝐮𝐧𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐚𝐭𝐮𝐚𝐥 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐨𝐬 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐦𝐨𝐬, 𝐫𝐞𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐯𝐨𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐎𝐕𝐈𝐃-𝟏𝟗? 𝐀 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐬𝐚𝐢𝐮 𝐫𝐞𝐟𝐨𝐫ç𝐚𝐝

R.: De facto, a situação pandémica atual submeteu-nos a formas de agir nunca antes pensadas. Do ponto de vista criativo, os artistas têm manifestado uma resiliência e persistência excecionais. Neste sentido, tenho reformulado o meu método de produção e exposição, praticando novas formas de interação com o público que não havia implementado anteriormente.

-» 𝐐𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨 é 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐀𝐫𝐭𝐞 𝐭𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 "𝐚𝐬𝐬𝐮𝐦𝐢𝐫" 𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚?

R.: A arte é fulcral nestes períodos de vulnerabilidade cultural, social, política, e económica. Todos nós vivemos da arte sempre que vemos imagens e filmes, ouvimos música. A posição da arte na sociedade é claramente evidenciada nesta fase que atravessamos.

Hoje, assistimos a exposições de arte virtuais, a concertos e teatros via streaming, entre as demais mostras artísticas. Novas formas de ampliação da arte que são necessárias em momentos débeis como este. Ainda que possam surgir percalços como este pelo caminho, a renunciação do mundo artístico nunca deverá ser a sentença final para os artistas.

-» 𝐑𝐞𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐝𝐢𝐬𝐭𝐢𝐧𝐠𝐮𝐢𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐮𝐦 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨 𝐏𝐫é𝐦𝐢𝐨. 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐭𝐢𝐧çõ𝐞𝐬 𝐢𝐧𝐟𝐥𝐮𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐦 𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨?

R.: Os reconhecimentos são frutos da dedicação, perseverança, e de anos de investigação. Sem dúvida alguma que têm um papel preponderante no meu percurso artístico. As distinções que tenho recebido permitem que continue a estudar e trabalhar de forma sólida na área das artes visuais. Sinto-me tremendamente feliz por poder estar rodeado de arte todos os dias sempre que entro no meu estúdio. Há dias bons e dias menos bons, mas nada abala esta paixão fervescente. É um mar de emoções que me eleva enquanto indivíduo. Saber que os sentimentos que devoto na minha obra trespassam as pessoas, deixa-me concretizado. É desta forma que noto a relevância da arte no nosso dia-a-dia. Como que algo externo à nossa realidade quotidiana, e que nos apresenta novas formas de observar o mundo.

-» 𝐏𝐨𝐫 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐑𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚? 𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜𝐮𝐫𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨?

R.: Após finalizar todos os compromissos profissionais que tenho agendados para este ano, um novo ano está a dar à tona, e por isso é altura de pensar e organizar novos projetos. Confesso que estou um pouco ansioso por começar a estruturar as composições para as novas peças de coleção que tenciono começar já no início do próximo ano. Acredito que a situação atual da Covid-19 irá apaziguar, e brevemente teremos uma maior abertura para partilharmos experiências, nomeadamente, ligadas à cultura.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #xiedicao #mençaohonrosa

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27/11/2020

Entrevista a Mário Diogo, autor da obra "Quem sou eu e nós?"- Prémio Revelação da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

-» 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐥𝐞𝐯𝐨𝐮 𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐫 𝐧𝐚 𝐗𝐈 𝐁𝐢𝐞𝐧𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐀𝐫𝐭𝐞 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐦

𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐥𝐚 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞?

Dei de caras com o perfil de Facebook da Bienal enquanto pesquisava sobre

concursos de arte para jovens. Fiquei espantado pelas versões anteriores e

pela criatividade que a Bienal junta nas exposições. Foi um tiro no escuro

Nunca pensei sequer em ser selecionado, quanto mais ser premiado.

Sou um investigador incessante de novas formas de expor o meu trabalho e

esta exposição foi, de facto, uma surpresa muito agradável.

-» 𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐟𝐨𝐢 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐫𝐞𝐭𝐢𝐳𝐚çã𝐨 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚?

A inspiração surge de um sítio de mudança na minha arte. Realizei o vídeo na

mesma altura em que preparava a minha primeira exposição individual de

pintura (Para onde vão as coisas perdidas?”) em que o corpo humano é posto

em evidência. E isso transpareceu para o vídeo. Uso o meu corpo num ritmo

animalesco, onde quero refletir a nossa condição humana. Camões escreveu

n’Os Lusíadas que somos todos “bichos da terra tão pequenos”, e é essa

fragilidade humana, que para mim anda entre o preconceito e a representação

do nu na arte, que quis retratar.

-» 𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮ê "𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐬𝐨𝐮 𝐞𝐮 𝐞 𝐧ó𝐬?"?

O nome vem de uma unidade de trabalho da disciplina de Multimédia, na qual

apresentei este vídeo. O nome da unidade é “Quem sou eu?”, onde tínhamos de

explorar e descobrir quem somos e passar essa ideia para o audiovisual. Abordei o tema de uma forma demasiado pessoal, o que resultou numa colisão com o trabalho que estava a desenvolver paralelamente a este. Quando entreguei a minha candidatura para a Bienal, decidi alterar o nome para criar mais enfâse na análise individual que talvez pudesse nascer em cada um, depois da sua visualização. De qualquer forma, mantêm-se o tema original que foi criado em ambiente escolar.

-» 𝐎 𝐏𝐫é𝐦𝐢𝐨 𝐑𝐞𝐯𝐞𝐥𝐚çã𝐨 é 𝐮𝐦 ó𝐭𝐢𝐦𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐞𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐣𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐚𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐢çã𝐨?

Foi algo que não acreditei ter acontecido. Verifiquei o email várias vezes antes de dizer algo aos meus pais, porque não acreditava que tinha sido distinguido. Estou muito feliz, como é óbvio. Seria muito ingrato dizer que não fiquei extático com a notícia. Acho que este ano, em confinamento em casa, sentimo-nos muito menos motivados a trabalhar e são recompensas como estas que nos motivam a continuar a procurar novas formas de nos reinventarmos, especialmente no campo das artes.

-» 𝐀 𝐬𝐮𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐯𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐩𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐨 𝐯í𝐝𝐞𝐨. 𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮ê 𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨 𝐚𝐨 𝐚𝐮𝐝𝐢𝐨𝐯𝐢𝐬𝐮𝐚𝐥?

Este foi o primeiro vídeo que alguma vez editei. Não foi uma escolha muito ponderada e exclusiva, uma vez que teria de passar pelo audiovisual no currículo do curso de Artes Visuais, não havia forma de o contornar. Existe uma primeira vez para tudo e fiquei muito feliz com o resultado, por isso comecei a aprender outros softwares de edição de vídeo, diferentes daquele com que este foi editado.

-» 𝐓𝐞𝐦 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚? 𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐞 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮ê?

O pintor Francis Bacon, sem dúvida alguma. Ninguém me remexe mais a cabeça como ele faz. São obras carregadas de emoção e brutalidade visual. Nem sei explicar muito bem. Desde a primeira vez que vi um quadro dele, num livro de arte, fiquei obcecado pelas imagens. É um sentimento muito estranho gostar tanto do trabalho de alguém sem nunca o ter conhecido, mas sinto que o conheço através das obras, e é isso que me deixa ainda mais intrigado pela relação que tenho com aquelas pinturas.

-» 𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞 𝐯ê 𝐝𝐚𝐪𝐮𝐢 𝐚 𝟏𝟎 𝐚𝐧𝐨𝐬?

Daqui a 10 anos terei 29 anos. Gosto de pensar que estarei a trabalhar como designer de comunicação e a progredir na carreira das artes tanto digitais, como na área da pintura, que quero continuar a realizar no futuro. Mas não sei o que o futuro me reserva na área das artes, pois é a única área em que podemos explorar várias matérias, sem nunca sairmos totalmente do nosso território principal. Quero continuar a explorar outras formas de arte, nem que seja apenas para experimentar, mas é assim que vamos descobrindo o que realmente gostamos, enquanto aprendemos outras técnicas artísticas. Mas posso garantir que irei continuar, sem dúvida alguma, dentro do ramo das artes, que é onde me sinto em casa.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #XIedicao #mariodiogo #audiovisual #quemsoueuenos

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26/11/2020

 

Entrevista a Juliana Julieta, vencedora do Segundo Prémio da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

-» 𝗢 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗹𝗲𝘃𝗼𝘂 𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗿 𝗻𝗮 𝗫𝗜 𝗕𝗶𝗲𝗻𝗮𝗹 𝗜𝗻𝘁𝗲𝗿𝗻𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗔𝗿𝘁𝗲 𝗝𝗼𝘃𝗲𝗺 𝗱𝗲 𝗩𝗶𝗹𝗮 𝗩𝗲𝗿𝗱𝗲?

R.: A oportunidade de exposição do meu trabalho. E por considerar ser de grande importância bienais como esta continuarem a existir mesmo, e sobretudo, quando os tempos se revelam difíceis.

-» 𝗤𝘂𝗮𝗹 𝗳𝗼𝗶 𝗮 𝘀𝘂𝗮 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿 𝗶𝗻𝘀𝗽𝗶𝗿𝗮çã𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗿𝗲𝘁𝗶𝘇𝗮çã𝗼 𝗱𝗮 𝗢𝗯𝗿𝗮?

R.: Não posso dizer que o meu modus operandi de trabalho seja afetado

por uma inspiração. As obras nascem de uma investigação contínua e

no caso desta, procurei agarrar uma certa qualidade da luz, uma

ambiência, um mood. Uma exploração dos fenómenos lumínicos nos

dois suportes diferentes que escolhi.

-» 𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂ê “𝗢 𝗦𝗼𝗻𝗵𝗼 𝗱𝗲 𝗢𝗻𝘁𝗲𝗺”?

R.: O Sonho de Ontem evoca um projecto: planos de concretizações num

futuro que imaginamos no presente. Uma luz que projetamos para o

futuro. Um sonho que já não serve porque o hoje é sempre diferente

do dia que passou. O presente é assim sempre o momento Presente

(e por isso uma dádiva), efémero, que nos foge. O tempo que nos escorre

pelos dedos, que é a nossa vida. A pintura tenta construir um tempo,

dentro deste tempo fatídico, um tempo mais justo, menos instantâneo.

Um tempo dentro do tempo. Assim, a pintura como o quadro janela,

janelas como portais que permitem aceder a outros tempos para termos

perspetiva e capacidade de ler o nosso lugar no mundo e tempo presentes.

É esta a experiência que temos quando nos encontramos com uma obra

de arte; ou melhor, a experiência potencial que podemos ter. Talvez seja

esta qualidade da obra de arte - a de permitir o encontro com outras

vidas, outras histórias, outras experiências além de nós mesmos - que

seja preciosa neste contexto pandémico de falta de contacto humano e

do surgimento de medos provocados pela instabilidade do agora.

Neste encontro somos "tocados", um toque que reverbera e dá oportunidade de nos transformarmos. Restaura a nossa humanidade. Penso que é esta experiência vital que tem sido negligenciada pela forma como este país não protege a saúde no tecido de artistas e outros criadores culturais.

-» 𝗘𝘀𝘁𝗮 𝗼𝗯𝗿𝗮 𝗳𝗼𝗶 𝗱𝗶𝘀𝘁𝗶𝗻𝗴𝘂𝗶𝗱𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗼 𝗝ú𝗿𝗶 𝗱𝗮 𝗕𝗶𝗲𝗻𝗮𝗹, 𝘁𝗲𝗻𝗱𝗼-𝗹𝗵𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗼 𝗮𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂í𝗱𝗼 𝗼 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗽𝗿é𝗺𝗶𝗼. 𝗢 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗶𝗴𝗻𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘀𝗶 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼?

R.: Este reconhecimento por parte da bienal é um pequeno gesto que ajuda a contrabalançar o cenário que falei anteriormente. Penso que estas iniciativas são muito importantes, tanto para dar apoio e visibilidade aos jovens artistas como para dar a ver o que está a ser feito na arte contemporânea em locais geográficos que não têm o mesmo clima de oferta cultural que as grandes cidades.

𝗔 𝗰𝗼𝗻𝗷𝘂𝗻𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗮𝘁í𝗽𝗶𝗰𝗮 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗼𝘀 𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿á𝗺𝗼𝘀, 𝗱𝗲𝘃𝗶𝗱𝗼 à 𝗽𝗮𝗻𝗱𝗲𝗺𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗖𝗢𝗩𝗜𝗗-𝟭𝟵, 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲𝗻𝗰𝗶𝗼𝘂 𝗮 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗿𝗲𝘁𝗶𝘇ação 𝗱𝗮 𝘀𝘂𝗮 𝗼𝗯𝗿𝗮? 𝗣𝗼𝗱𝗲𝗿𝗶𝗮 𝘁𝗲𝗿 𝘀𝗶𝗱𝗼 𝗱𝗶𝗳𝗲𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲?

R.: Não, as pinturas não foram influenciadas pela pandemia. Estas já estavam numa fase avançada de execução, no tempo não tão rápido e de contradições alarmistas como o "conhecimento" que fomos tendo deste nova ameaça mundial. Pode-se dizer que é um trabalho de um tempo anterior, "dourado". Uma harmonia que ao mesmo tempo parece carregada de uma tensão... horizonte, no limite de explodir em turbulência, caos e incerteza. A escolha desta obra para a exposição é que pode ter sido influenciada por este vírus que nos tirou o chão a todos os planos que tínhamos feito para os últimos meses. Qualquer futuro próximo que imaginássemos certamente que nos atraiçoou. Assim, O Sonho de Ontem carrega esta nostalgia de um sonho ideal que foi traído pelo presente. As peças mudam o cenário, é urgente refazer o jogo, é urgente criar novos sonhos, é urgente criar.

-» 𝗣𝗼𝗿 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗮𝗻𝗱𝗮 𝗮 𝗮𝗿𝘁𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗝𝘂𝗹𝗶𝗮𝗻𝗮 𝗝𝘂𝗹𝗶𝗲𝘁𝗮? 𝗤𝘂𝗮𝗶𝘀 𝗼𝘀 𝗽𝗿𝗼𝗷𝗲𝘁𝗼𝘀 𝗮 𝗰𝘂𝗿𝘁𝗼 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗼?

R.: De momento continuo a viver em Lisboa, onde trabalho e onde tenho atelier. Para mim foi um ano muito produtivo. Senti esta necessidade. O atelier tem sido quase um espaço sagrado, intocado, separado do ruído, ansiedade, instabilidade e paradoxal monotonia dos dias. O atelier delimita um espaço onde eu dito as regras, um espaço de criação; um espaço de caos, onde o caos está delimitado e acontece nos suportes que escolho. Um caos criativo que devolve uma nova ordem. Uma nova luz para o amanhã.

Muitas das pinturas virão a público já no início do próximo ano 2021, um amanhã muito próximo onde terei a minha primeira exposição individual numa galeria de Lisboa. Seguimos a abrir luz para novos dias.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #XIedicao #julianajulieta #osonhodeontem

25/11/2020

Entrevista a Pedro Cunha, vencedor em ex- aequo da XI edição da Bienal Internacional de Vila Verde, com a obra "Pedras no Sapato"

 

  -» 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐥𝐞𝐯𝐨𝐮 𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐫 𝐧𝐚 𝐁𝐢𝐞𝐧𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥

𝐝𝐞 𝐀𝐫𝐭𝐞 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐥𝐚 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞? 𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐯𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨

𝐝𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚?

R.: Estudei durante 6 anos da Faculdade de Belas Artes da

Universidade do Porto e nesse meio artístico/académico a existência

de iniciativas desta natureza como a Bienal Internacional de Arte

Jovem de Vila Verde sempre foram muito divulgadas; quer por

colegas, quer por professores. É-me difícil recuar ao que me levou

ao conhecimento desta iniciativa, mas sem dúvida reside algures

na partilha de professores, ou colegas artistas.

O que me levou a participar na Bienal foi precisamente o motivo pela

qual esta era tão partilhada e acarinhada na Faculdade: é a melhor

divulgação e reconhecimento que um artista (ou aspirante a artista)

pode ter - somente na participação.

-» 𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐟𝐨𝐢 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐫𝐞𝐭𝐢𝐳𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚?

R.: É possível dizer que todo o meu trabalho esteja influenciado, quase

contaminado pela ideologia e técnica de 3 artistas: Francisco de Goya,

Jean-Michel Basquiat e Piranesi.

É nas gravuras de Piranesi que se pode encontrar a maior influencia

para este trabalho - “são representações para lá da razão”, ambíguas,

subjetivas, fantasiosas que inserem a paisagem como tema dos

caprichos, mas acima de tudo que evidenciam “a operação da

mão como agente de invenção”.

Porém a obra “Los Caprichos” de Goya tem, também, um papel fundamental no desenvolvimento conceptual destes desenhos. Na sua surdez, Goya perseguiu um tema que o assombrou, que lhe ocupou grande parte do seu pensamento – um pensamento marcado pela guerra e pela inquisição, pela falta de humanidade e de razão, marcado pela ignorância e pela sonolência. O tema do seu trabalho era a representação desse mundo – do seu mundo – uma representação satírica onde o riso e o azedo, e a violência e a crueldade, não eram encobertas.

Este trabalho não tem pretensão de ser o que estes artistas fizeram, seria pouco interessante que assim fosse. Mas não é possível negar essa contaminação, tão natural, e até interessante que recorrentemente acontece em toda a criação artística.

A verdade é que à “inspiração”, no meu trabalho, eu geralmente gosto de chamar de pesquisa e estudo com uma pitada de sorte e acaso.

-» 𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞̂ “𝐏𝐞𝐝𝐫𝐚𝐬 𝐧𝐨 𝐒𝐚𝐩𝐚𝐭𝐨”?

R.: “Pedras no Sapato” porque é impossível andar com pedras no sapato. Temos de as tirar. Enquanto estão lá são um incómodo gigante, quase impeditivo, mas depois quando as tiramos e vemos que são minúsculas. Neste trabalho, talvez pela demora de execução, o desenho torna-se repetitivo e automático, a representação em si deixa de ser relevante, passando a ser o gesto e o ato do desenho o verdadeiro protagonista. O gesto começa por ser uma tentativa de representar um cenário - irreal e imaginário - , mas com o avançar do tempo, do cansaço, da saturação e da sonolência torna-se num gesto puramente mecânico e desprovido de significado ou representação - um reflexo. No cansaço e na distração, o gesto passa a ser feito de forma aleatório, não correspondendo a nenhuma imagem, apenas correspondendo à memória, reagindo a um impulso – torna-se sonolento, deambulante, automático, reflexivo e necessário.

Então surge a palavra. Surge nos momentos em que a representação do real deixou de ser uma preocupação. Surge como reflexo, desta vez não como da mão, mas do pensamento – em semelhança com as obras de Basquiat, são gritadas, expelidas e catárticas. “Pedras no Sapato” porque é esse gesto necessário e inútil, que expele de forma irreflexiva alguns incómodos; em forma de nuvens feitas de pontos, de linhas, de palavras; de pequenos ajuntamentos de pedras que se tornam montanhas, que se tornam planetas, que se voltam a torna minúsculos aglomerados de nada, insignificantes.

-» 𝐆𝐚𝐧𝐡𝐚𝐫 𝐨 𝟏º 𝐏𝐫𝐞́𝐦𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐁𝐢𝐞𝐧𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐞́ 𝐮𝐦 𝐦𝐚𝐫𝐜𝐨 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐧𝐚 𝐜𝐚𝐫𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚. 𝐀𝐜𝐡𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐞𝐱𝐩𝐞𝐫𝐢𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐨 𝐯𝐚𝐢 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚𝐫 𝐞𝐦 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨𝐬 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨𝐬?

R.: Diz que ganhar a 1º Prémio de uma Bienal Internacional é um marco importante, porque tem noção, com certeza, do que isto provoca num artista. Não serei o único artista, talvez, que pensa constantemente: “bem, é hoje vou me dedicar a uma profissão a sério” ou “se calhar tinham razão e isto de ser artista não é para mim”. Não é uma sensação recorrente, é um sentimento permanente com que dormimos. Ganhar a Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, é o reconhecimento de que afinal vale a pena. Passados uns dias já passou e voltamos a duvidar de tudo outra vez. Mas pelo menos, sempre que pensar neste prémio, vou ter a sensação de concretização, de recompensa. Essa é a ajuda que esta experiência me deu para os projetos futuros, que na realidade é a melhor ajuda que se pode ter, acho eu: uma recompensa.

-» 𝐓𝐞𝐯𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐢𝐟𝐢𝐜𝐮𝐥𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚, 𝐝𝐞𝐯𝐢𝐝𝐨 𝐚̀ 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚?

R.: Acho que alguns colegas artistas irão concordar que ficar fechado, a trabalhar, sozinhos, sem sair, não é propriamente algo que não estejamos habituados – o que para a produção deste e qualquer trabalho foi até uma ajuda. Por outro lado, claro, foi um ano de extrema ansiedade, todas as exposições estão a ser adiadas, todos os concursos estão a ser adiados ou cancelados. Ficamos constantemente “pendurados”, à espera, sem grande resposta. É exaustivo.

-» 𝐃𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚 𝐞́ 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐀𝐫𝐭𝐞 (𝐧𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐬) 𝐬𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐢𝐧𝐯𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫, 𝐨𝐮 𝐚𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐫, 𝐭𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐢𝐯𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐚𝐭𝐮𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞?

R.: A Arte sendo um testemunho da natureza e do pensamento humano individual, adapta-se e reinventa-se de qualquer forma, como sempre se adaptou, evoluiu e desconstruiu. A questão importante, talvez seja, como é que as instituições se pretendem adaptar à arte após uma situação como a atual. Com uma crise económica o problema foca-se sempre na prioridade do investimento e consequentemente da utilidade das áreas onde este é aplicado. Ou seja, será arte uma prioridade de investimento pela parte das instituições publicas e privadas?

Eu acredito que a arte é por natureza, inútil – e que é dessa inutilidade que advém o seu fascínio. Os artistas criam de forma despreocupada e irresponsável. Isto é, regra geral, não se regem pelo lucro mediático, pela funcionalidade das peças, pela aceitação maioritária ou até pela beleza. O que tem a arte a oferecer então, que valha a pena um investimento? Pela liberdade que a inutilidade lhe concedeu, a arte torna-se o testemunho expressivo do pensamento individual de determinado ser humano, num determinado tempo, num determinado espaço – sem ela muito dificilmente iriamos ter noção daquilo que é o Homem do passado, o Homem do presente, do Homem no geral. A arte não molda o pensamento, ou a ideia, mas testemunha e congela o que de mais profundo há no Homem em cada momento histórico. Para a arte (e os artistas) cumprirem o ser propósito é necessário serem “livres”, inúteis. A Arte é uma prioridade – e quando falo de arte refiro-me a pintura, escultura, desenho, performance, música, dança, cinema, escrita, arquitetura, etc. Estarão as instituições conscientes e dispostas a investir numa área que não tem um retorno económico imediato? Numa área inútil?

O problema da arte se adaptar em tempos de crise não é o da sua existência – os artistas sempre ultrapassaram tempos de crise, guerras, epidemias, catástrofes naturais, etc.

O problema é a arte, pela falta de investimento, pertencer aos grupos privilegiados (como eu pertenço e acredito que a maior parte dos artistas ainda pertença). A arte é uma prioridade e deveria ser um direito, não um privilégio.

-» 𝐏𝐨𝐫 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐏𝐞𝐝𝐫𝐨 𝐂𝐮𝐧𝐡𝐚? 𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜𝐮𝐫𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨?

R.: Eu ando por Guimarães, onde nasci e cresci. Tenho, juntamente com a minha esposa, uma galeria focada no Desenho e na Ilustração - Área 55 -, que serve também como meu atelier. Iremos muito em breve abrir uma pequena oficina de gravura que irá servir para a promover workshops, residências ou exposições que possam ser integradas na galeria. Quanto a projetos individuais, o mais imediato e prioritário está ligado à concretização da oficina de gravura que também será usada como meu atelier. Depois, tenho algumas exposições planeadas, mas com a incerteza típica dos tempos atuais, não me é possível dizer nada com exatidão.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #XIedicao

24/11/2020

 Este ano, devido à situação pandémica, não haverá a habitual entrega de prémios da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde. No entanto, fomos conhecer melhor os premiados da 11ª edição.

Entrevista a Bruno Grilo- Vencedor em Ex-aequo, com a obra "Baía Mar"

-» 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐥𝐞𝐯𝐨𝐮 𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐫 𝐧𝐚 𝐁𝐢𝐞𝐧𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐀𝐫𝐭𝐞

𝐉𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐥𝐚 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞? 𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐞𝐯𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚?

R.: Tive conhecimento da Bienal Internacional de Arte Jovem de

Vila Verde quando visitei uns colegas na Escola Superior de Educação

do Porto e me deparei com o cartaz com a Open Call. O meu interesse

nesta iniciativa em primeiro lugar, caso fosse selecionado teria a

oportunidade de expor e apresentar o meu trabalho numa Bienal

Internacional. Em segundo lugar, pela oportunidade que este tipo de

iniciativa proporciona aos jovens artistas, ou seja, pela afirmação da

Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, de edição para edição,

no contexto da arte portuguesa para jovens emergentes.

-» 𝐐𝐮𝐚𝐥 𝐟𝐨𝐢 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐫𝐞𝐭𝐢𝐳𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚?

R.: A obra assenta sobre um pensamento crítico e assim, inspirei-me

em ideias de utopias políticas, de histórias de fracassos, de um

imaginário de sociedades ideais e de territórios públicos do Algarve.

Este objeto corresponde e representa uma visão progressiva de

espaços urbanos num modelo territorial de sol e mar.

-» 𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞̂ 𝐁𝐚𝐢́𝐚 𝐌𝐚𝐫?

R.: O nome partiu de um dos edifícios turísticos, um apart-hotel abandonado, que inspirou a obra. Mas parte também de um exagero do modelo territorial de sol e de mar, onde existem vários edifícios ao longo do litoral algarvio com essa referência como nome. A peça foi retirada do seu contexto, de embelezamento arquitetónico do edifício, retirou-se o objeto do seu espaço natural e deslocou-se esta situação não artística para

o contexto da arte. Assim, a forma como observamos este ready-made passa também pela forma como percecionamos e vivemos a arquitetura, e pela relação que se estabelece entre o exterior e o interior de um edifício.

-» 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐢 𝐠𝐚𝐧𝐡𝐚𝐫 𝐨 𝟏º 𝐏𝐫𝐞́𝐦𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐁𝐢𝐞𝐧𝐚𝐥 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥?

Sinto-me bastante honrado e devo dizer que é o meu primeiro prémio deste género, o grande prémio de uma Bienal Internacional, e sinto que se revela de uma grande

importância para o meu percurso. Pensando agora na persistência que é necessária para ser artista, ganhar este prémio ou mesmo apenas ser seleccionado é bastante motivador para continuar a trabalhar numa prática artística concisa.

-» 𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐚𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐢𝐜𝐮𝐥𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐞𝐯𝐞 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚, 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐯𝐢𝐝𝐨 𝐚̀ 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚?

R.: O que eu tenho a dizer sobre isso, é que a principal dificuldade que tive na produção da obra foi ter optado trabalhar com ferro e não ter a devida experiência - o engraçado é que os artistas põem-se sempre em posições difíceis e desafiantes - especialmente no

acto de soldar em que a certa altura tive que pedir apoio a um serralheiro, contudo revelou-se uma experiência enriquecedora, no sentido em que houve a possibilidade de trazer uma pessoa de um esfera de trabalho diferente para o mundo da arte.

Relativamente à pandemia não houve qualquer dificuldade na criação da obra pois a peça foi criada em 2019.

𝐀𝐜𝐡𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐢́𝐯𝐞𝐥 𝐚 𝐀𝐫𝐭𝐞 𝐫𝐞𝐢𝐧𝐯𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫-𝐬𝐞 𝐦𝐞𝐝𝐢𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐡𝐨𝐣𝐞 𝐯𝐢𝐯𝐞𝐦𝐨𝐬?

-» R.: Claro que sim, a arte dá-nos sempre a possibilidade de nos reinventarmos. Um exemplo disso mesmo, é a forma como é que esta Bienal Internacional de Arte Jovem se tem reinventado e adaptado ao contexto em que vivemos.

-» 𝐏𝐨𝐫 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐨 𝐚𝐫𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐁𝐫𝐮𝐧𝐨 𝐆𝐫𝐢𝐥𝐨? 𝐐𝐮𝐚𝐢𝐬 𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜𝐮𝐫𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨?

R.: Estou atualmente a viver no Porto e a terminar o doutoramento em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Não perca, amanhã, a entrevista a Pedro Cunha.

#bienalinternacionaldeartejovemvilaverde #11ediçao

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23/11/2020

João Paulo Rebelo, Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, deixou uma mensagem à 11ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

«Vocês dão uma oportunidade verdadeiramente especial e extraordinária à juventude portuguesa e, por isso, eu próprio, enquanto secretário de estado da juventude, me junto também a esta iniciativa »

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #11ediçao

16/11/2020

"Poder ter uma Bienal em que valoriza, olha com atenção e que dá a conhecer o trabalho de jovens artistas, é determinante"

Paulo Pires do Vale, Comissário do Plano Nacional das Artes, visitou a 11ª exposição da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde e deixou uma mensagem

#bienalinternacionaldeartejovemvilaverde

12/11/2020

 

:: Vila Verde adere ao Plano Nacional das Artes ::

«Com este Plano, o nosso objetivo é que desenvolvam projetos culturais nas escolas, que integrem outras disciplinas»

No âmbito da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, decorreu, esta manhã, na Escola Secundária de Vila Verde, a apresentação do Plano Nacional das Artes.

Desenvolvido pelas áreas governativas da Cultura e da Educação, o Plano Nacional das Artes (PNA) tem como objetivo tornar as artes mais acessíveis aos cidadãos, em particular às crianças e aos jovens, através da comunidade educativa, promovendo a participação cultural, numa lógica de inclusão e aprendizagem ao longo da vida. Pretende incentivar o compromisso cultural das comunidades e organizações e desenvolver redes de colaboração e parcerias com entidades públicas e privadas, designadamente, trabalhando em articulação com os planos, programas e redes pré-existentes.

De acordo com Paulo Pires do Vale, Comissário deste Plano, «pretende-se com este projeto, que não só as escolas, mas também as câmaras e as entidade culturais, participem juntos e colaborem no território de forma integrada. »

«Com este Plano, o nosso objetivo é que desenvolvam projetos culturais nas escolas, que integrem outras disciplinas. Cada escola irá escolher, em democracia, quais os temas que gostaria de abordar e trabalhar. E este plano não é só para aqueles que querem ser artistas ou estudam artes. É para que todos possam juntar a criação artística a outras matérias, como a matemática ou a física, por exemplo.» refere o comissário

No final da apresentação, o Comissário Paulo Pires do Vale, fez uma visita à exposição da Bienal Internacional de Arte Jovem, na presença da Vereadora da Educação, Drª Júlia Fernandes, acompanhado dos membros do Júri da Bienal, Luís Coquenão, Maciel Cardeira e Rafael Ibarra.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

10/11/2020

:: ESCOLA SECUNDÁRIA DE VILA VERDE RECEBE APRESENTAÇÃO DO PLANO NACIONAL DAS ARTES ::

-» Sessão conta com a participação do Comissário Paulo Pires do Vale.

Na próxima quinta feira, 12 de novembro, pelas 10h , vai decorrer na Escola Secundária de Vila Verde a apresentação do plano nacional das artes com a participação do Comissário, o Dr. Paulo Pires do Vale.

Esta Sessão integra o programa da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde.

Após a apresentação, o Comissário fará uma visita à 11ª exposição da Bienal, que está patente na Biblioteca Municipal de Vila Verde até 27 de novembro.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

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06/11/2020

A obra “Falling Asleep” Rafael Oliveira, autor de uma das Menções Honrosas da 11ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, "Feel Like Home", foi distinguida com XVI Prémio de Pintura e Escultura de Sintra D. Fernando II, promovido pela Câmara Municipal de Sintra.

Parabéns Rafael!

Notícia na íntegra

Sintra entrega Prémio de Pintura e Escultura D. Fernando II https://sintranoticias.pt/2020/11/04/sintra-entrega-premio-de-pintura-e-escultura-d-fernando-ii/ via @sintranoticias

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

05/11/2020

Rafael Ibarra, Artista Plástico e Júri da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, em entrevista ao Jornal de Notícias.

PINTOR NO MÉXICO É AGRICULTOR EM VILA VERDE

"Rafael Ibarra veio para Portugal através da arte, mas foi por amor que decidiu fixar-se em Vila Verde

Artista desde de jovem, Rafael Ibarra nasceu em Cuernavaca, México. Descobriu o amor, aquando da sua primeira visita a Portugal. Viajou da Cidade do México, onde estudava até Vila Verde para ser premiado na bienal da arte.

O artista recorda, com saudade, a primeira vez que veio a Portugal: " Enviei uma obra sobre rapto de meninas. Nomearam-me para uma menção honrosa, e o governo do México pagou o voo".
De passagem no país, Rafael conheceu Paula, a mãe do seu filho e atual mulher. Arquiteta na Câmara de Vila Verde e organizadora da bienal, Paula deixou-se encantar pelo artista. Após duas semanas no Minho, Rafael regressou à Cidade do México para continuar a trabalhar como diretor criativo. Levou na ponta do pincel a silhueta de Paula e no peito o foco de voltar.

Corresponderam-se online durante dois anos e Rafael utilizou a arte como meio para viajar para Portugal. Expôs no Porto, Braga e nas bienais de Cerveira e de Vila Verde, Introduziu-se no meio artístico e em 2016, imigrou para Portugal. Casou com Paula em 2017 e foram viver para Isqueiros, Vila Verde.

O pouco trabalho, rendimento e apoio, obrigou Rafael a procurar soluções. Aprendeu a trabalhar a terra e compreendeu a riqueza do solo. Apelou a fundos europeus para a plantação de mirtilo, à qual se dedica desde 2018. "Este ano, produzi 15 toneladas, para o ano esperamos 40", conta.

Concilia a pintura com a agricultura, através do período de repouso das plantas. De novembro a abril é pintor, de abril a novembro agricultor. Adora pintar caveiras e flores em tons quentes e é no campo que se sente bem. Quando vai ao México tem saudades de Portugal, e, cá, tens saudades do México: "Sou um homem de duas pátrias". 

Rafael Ibarra está, este mês, a pintar uma série, que vai inaugurar na Casa dos Crivos, em Braga, intitulada "Estranho país".

Tomás Guerreiro

Fonte: Jornal de Notícias

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31/10/2020

 

«Assim como um mapa, representa um terreno» é a obra da Artística Mónica Mindelis, produzida em ambiente de Residência Artística em Vila Verde

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«Os Lenços são, no fundo, uma conquista de vila verde e eu quis representar isso de forma imaginária. Quero que as pessoas olhem, reconheçam a essência dos Lenços, mas também esse "mapa" e essa conquista.»

Foi inaugurada, esta tarde, na Aliança Artesanal, a obra de arte da Artista Plástica Mónica Mindelis, inspirada na temática dos Lenço de Namorados, produzida em parceria com as artesãs locais.

A obra intitulada de «Assim como um mapa, representa um terreno», foi produzida em ambiente de Residência Artística para o Projeto Amar o Minho, promovido pelo consórcio MINHO IN (constituído pelas Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, Ave e Cávado), e com coordenação artística e de comunicação da Zet Gallery.

Durante a inauguração, a Vereadora da Cultura, Educação e Ação Social, Drª Júlia Fernandes, sublinhou que «com esta obra, a Mónica conseguiu manter a tradição, adaptando-a à modernidade com tudo aquilo que aprendeu com as bordadeiras da Aliança Artesanal ao longo de mais de quinze dias. Esta obra inspirada no nosso ex-líbris é a sua interpretação, o seu olhar, e uma reinvenção de um dos nossos legados culturais. Esta fantástica artista trouxe a modernidade e contemporaneidade para uma obra que fica para sempre no património do concelho de Vila Verde»

Para a produção da obra, a artista refere que se inspirou no Lenço das Quatro Quadras, «que é o único que tem quatro quadras e que está ligado à emigração de Portugal para o Brasil. Sendo um Lenço tão importante e vindo eu do Brasil, achei um excelente mote para fazer a obra aqui em Vila Verde».

Mónica explica que «depois de conversar com as bordadeiras da Aliança Artesanal, fui trabalhando um pouco do que também já faz parte do meu trabalho de pintura, que são as camadas. O que faz todo o sentido, porque o trabalho que elas fazem é por “camadas”...muitos passos, muitos procedimentos, até chegar ao minucioso resultado final. Usei o mesmo tecido de linho que elas usam, bordei e pintei com as mesmas cores que elas pintam».

Em relação ao ‘sentido’ da obra, a Artista Plástica diz que «o contorno dos símbolos não foi por acaso, porque acho que fazer mais uma ilustração, perderia a força. Estas camadas de cores que usei são quase que uma poesia, uma forma simbólica de criar um mapa, uma cartografia, como um limite geográfico. Porque os Lenços são, no fundo, uma conquista de vila verde e eu quis representar isso de forma imaginária. Quero que as pessoas olhem, reconheçam a essência dos Lenços, mas também desse "mapa" e dessa conquista.»

«Há uns anos tive uma série que chamava "Território de Afetos" e escrevia cartas de amor. Com esta obra, também sinto que escrevi uma carta de amor para Vila Verde.» refere

O nome “Assim como um mapa, representa um terreno”, além da clara associação à obra, surgiu de um livro da autora Lurdes Castro, que fez parte da vida de Mónica enquanto Artista Plástica.

A inauguração contou com a presença da Curadora do Projeto, Helena Mendes Pereira, e do Artista Plástico, Luís Coquenão e a obra, que agora faz parte do património cultural do concelho de Vila Verde, estará exposta permanentemente na Aliança Artesanal.

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde #zetgallery #minhoinovaçao

29/10/2020

 

Entrevista a Mónica Mindelis, Artista Plástica em Residência Artística em Vila Verde

« Porque os Lenços são, no fundo, uma conquista de vila verde e eu quero representar isso de forma imaginária, através de um "mapa", uma "cartografia"

-» Porque é que se inspirou nos Lenços de Namorados para fazer a sua Residência Artística em Vila Verde?

Como os Lenços de Namorados são um dos elementos mais tradicionais do concelho de Vila Verde, não poderia deixar de ser esse tema. E trabalhar na Aliança Artesanal para mim é como “beber” diretamente da fonte.

-» O que é que está a achar deste desafio, de se inspirar num elemento tão tradicional, para construir do zero uma obra de arte?

Ter uma temática é sempre um desafio. Aqui são dimensões com as quais eu estou habituada a trabalhar, 1,5m por 1,5 m, e por isso, já estou familiarizada. Existindo tema, embora seja um desafio, também é bom porque já sei onde “mergulhar” e aqui em Vila Verde vocês têm a verdadeira fonte dos Lenços de Namorados.

-» Qual é o "fio condutor" que a Mónica está a seguir para a criação da obra?

Estou aqui desde o dia 14, já conversei muito com as bordadeiras da Aliança e desde então, tenho estado a desenhar, a fazer projetos. Uma das primeiras perguntas que fiz à Drª Júlia, Vereadora da Cultura, foi se existia um Lenço que fosse o emblemático e ela disse-me que sim. O Lenço das Quatro Quadras, que é o único que tem quatro quadras e que está ligado à emigração de Portugal para o Brasil. Sendo um Lenço tão importante e vindo eu do Brasil, achei um excelente mote para começar. Então peguei nesse Lenço, ampliei, e para já, estou a trabalhar no contorno, que tem quatro símbolos muito importantes.

-» Em relação à matéria prima, está a utilizar a mesma que as bordadeiras usam?

O tecido que estou a usar é o tecido que as bordadeiras usam, um tecido de linho. A linha com que fiz o contorno do lenço é também a linha com que elas bordam. E partir dai fui trabalhando um pouco do que também já faz parte do meu trabalho de pintura, que são as camadas. O que faz todo o sentido, porque o trabalho que elas fazem é por “camadas”...muitos passos, muitos procedimentos, até chegar ao minucioso resultado final. Também desenhei com lápis, como elas fazem, em vez de usar o papel químico.

-» Tem sido fácil adaptar a sua técnica enquanto artista?

Eu acho que é importante ter alguma capacidade para ser permeável. Vinha com uma ideia de trabalho diferente e cheguei aqui e fui-me deixando "permear". Obviamente que o que está aqui faz parte do meu trabalho, mas muito misturado com trabalhos que eu já faço há alguns anos.

-» O que é que considera(ou) fundamental para a criação da obra?

O estudo, a pesquisa, perceber as razões. E as bordadeiras que têm sido uma valiosa ajuda. Muito recetivas, pacientes… Vi todos os passos do processo de nascimento de um Lenço e é um privilégio estar aqui a trabalhar com elas.

-» Todas as criações artísticas têm um "porquê", um "sentido", uma inspiração, certo?

Sim, claro. Neste caso, o contorno dos símbolos não foi por acaso, porque acho que fazer mais uma ilustração, perderia a força. Estas camadas de cores que estou a usar são quase que uma poesia, uma forma simbólica de criar um mapa, uma cartografia, como um limite geográfico. Porque os Lenços são, no fundo, uma conquista de vila verde e eu quero representar isso de forma imaginária. Quero que as pessoas olhem, reconheçam a essência dos Lenços, mas também desse "mapa" e dessa conquista.

-» Já tem nome para a obra?

Ainda não está totalmente decidido, mas retirei de um livro da autora Lurdes Castro, que fez parte da minha vida enquanto artista plástica, uma frase que gostaria que intitulasse esta obra. «Assim como um mapa, representa um terreno».

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Mónica Mindelis está em Residência Artística na Aliança Artesanal de Vila Verde até 30 de outubro, próxima sexta feira.

Visitas: 3ª e 5ª, 9:30-12:00 e 14:30-17:00 -limite máximo de 5 pessoas/visita

Visite!

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

27/10/2020

 

A artista Mónica Mindelis continua em Residência Artística e foi conhecer o tear do Artesão vilaverdense Fernando Rei.

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«Vim visitar este espaço, aprender um bocadinho mais, absorver, para continuar a realizar o meu trabalho. O nome do Fernando é incontornável e eu não poderia deixar de cá vir»

Para a artista «é um privilégio vê-lo trabalhar, assim como vejo as Bordadeiras da Aliança Artesanal. Chega a ser emocionante ver o trabalho que estas pessoas fazem».

:: Veja o vídeo completo ::

-» Amanhã vamos revelar em que 'ponto' se encontra a obra de Arte que Mónica Mindelis está a produzir, inspirada nos Lenços de Namorados. Em entrevista, a artista explica as suas motivações e o sentido da obra.

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Não perca!

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

22/10/2020

 

A Artista Plástica Mónica Mindelis está em Residência Artística em Vila Verde e nós fomos conhece-la

Mónica está a desenvolver uma obra de arte para o concelho, em regime aberto, a partir da imagem dos Lenços de Namorados.

O projeto, inédito em Portugal, cria a maior rede de residências artísticas nos 24 municípios representados pelas três CIM da região, numa estratégia concertada que se destina a reforçar a identidade cultural do Minho e, desta forma a dinamizar o território do ponto de vista artístico e turístico.

Integrada no projeto de Residências Artísticas “Amar o Minho”, do Minho Inovação, e no programa da 11ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, a Resiência decorre até 30 de outubro.

Visitas: 3ª e 5ª, 9:30-12:00 e 14:30-17:00 -limite máximo de 5 pessoas/visita até 30 de outubro

Sinopse - Agência de Comunicação

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

21/10/2020

 

23 de outubro - Conferência online sobre a fusão entre as TIC e as Artes para a inovação e competitividade das PME 

Com o apoio do Município de Vila Verde e da Bienal Internacional de Arte Jovem, a Porto Design Factory | PGH está a criar um espaço privilegiado de construção de redes de colaboração, matchmaking entre as artes e as PME e de mostra de iniciativas inovadoras.

Através de uma conferência que decorrerá na próxima sexta feira, 23 de outubro, em live streaming, a ICT Meets the ARTS vai explorar as múltiplas facetas do contributo da fusão entre as TIC e as Artes para a competitividade e inovação das PME (Pequenas médias empresas).

Este evento é organizado no contexto do projecto RegionArts, apoiado pelo programa Interreg Europe, e integra a programação da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde.

Live online streaming

(Youtube Porto Design Factory) do PORTIC -Porto Research, Technology & Innovation Center e Casa do Conhecimento de Vila Verde do Conhecimento de Vila Verde.

Não perca!

#bienalinternacionaldeartejovemdevilaverde

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17/10/2020

XI BIENAL INTERNACIONAL DE VILA VERDE FOI INAUGURADA ESTA TARDE, NAQUELA QUE É A MAIOR EDIÇÃO DE SEMPRE

«A visita virtual à exposição já se encontra disponível nos diferentes canais de comunicação do evento»

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A XI edição da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde foi inaugurada, esta tarde, na Biblioteca Municipal de Vila Verde.

Uma das grandes novidades deste que é o maior projeto cultural do concelho, é a possibilidade de “visitar” a exposição virtualmente. Todas as obras poderão ser apreciadas, através de um vídeo que já se encontra disponível nos diferentes canais de comunicação do evento.

Para esta Bienal foram selecionadas 78 obras em diferentes modalidades, de 52 artistas de várias nacionalidades, que tornam esta edição a mais internacional de sempre, com mais de cem participações. A exposição conta, ainda, com as obras vencedoras da última Bienal da Escola.

Na perspetiva da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Vila Verde, Drª Júlia Fernandes, «A Bienal tem sido uma rampa de lançamento para os nossos jovens e tem cumprido esse papel na perfeição ao longo dos últimos anos. Muitos dos nossos participantes já dão cartas no mundo artístico. Este evento é sem dúvida um palco de promoção de talentos, da arte e da cultura».

A cerimónia de inauguração, apesar de ter sido bastante restrita, contou com a presença do Representante do IPDJ, Vítor Dias e do Representante do BPI, patrocinador oficial, Mário Lopes. A sessão foi animada pela brilhante atuação de João Maas, aluno da Academia de Música de Vila Verde.

As visitas presenciais à exposição acontecem de 2ª a 6ª das 9h30 às 13h00/14h30 às 18h00. Ao sábado as visitas serão possíveis das 15h00 às 18h00, mediante marcação prévia. Existe, ainda, a possibilidade de fazer a visita guiada com o Artistas Plásticos Luís Coquenão e Rafael Ibarra, também mediante marcação.

14/10/2020

BIENAL ARRANCA NO PRÓXIMO SÁBADO, COM A EDIÇÃO MAIS INTERNACIONAL DE SEMPRE

«Uma das grandes novidades deste ano é a possibilidade de “visitar” a exposição virtualmente»

 

 

A Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde é inaugurada no próximo sábado e traz muitas novidades, nesta que é já a 11ª edição do maior projeto cultural e artístico do concelho.

 

Para esta Bienal foram selecionadas 78 obras em diferentes modalidades, de 52 artistas de várias nacionalidades, que tornam esta edição a mais internacional de sempre e uma das mais participativas.

 

Uma das grandes novidades deste ano é a possibilidade de “visitar” a exposição virtualmente. A partir das 16h00 do próximo sábado, hora da inauguração, todas as obras estarão acessíveis, através de um vídeo que ficará disponível nos diferentes canais de comunicação do evento.

 

Outra das novidades é que, este ano, a Bienal não fica apenas “dentro de portas”. Até dia 27 de novembro, serão várias as atividades que irão compor um painel artístico inovador, onde todos poderão participar e observar, tal como a Residência Artística de Mónica Mindelis e alguns ciclos de conferências relacionados com a arte.

 

Na perspetiva do Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Dr. António Vilela «dadas as circunstâncias, esta é uma bienal com menos “participação” presencial, mas também com mais exposição digital, que irá atingir pessoas de qualquer parte do mundo.

 

«O nosso grande objetivo com a Bienal é, sem dúvida, projetar o concelho além fronteiras e de dar uma oportunidade aos jovens que querem seguir o caminho artístico.», refere o autarca

 

Para a Vereadora da Cultura, Educação e Ação Social, Dr.ª Júlia Fernandes, «mesmo neste clima de pandemia, foi possível reinventar a Bienal e adaptá-la aos tempos que correm, tornando-a muito mais digital. As visitas presenciais são, obviamente, muito importantes e continuarão a existir, mas sempre cumprindo as normas impostas pela DGS».

 

«Esta foi uma das edições que contou com mais participações e, muitas delas, internacionais. O projeto está, assim, a cumprir a sua missão de internacionalização”, afirma Júlia Fernandes

 

Luís Coquenão, membro do Júri e Diretor Artístico da Bienal, refere que «Foi difícil conseguir eleger os vencedores. Mas considero que, para os artistas, o grande prémio é mesmo participarem na Bienal. Todos eles, cada um à sua maneira, estão aqui por mérito próprio e porque apresentaram uma obra merecedora de fazer parte da exposição».

 

 

«Até 27 de novembro, vamos ter um período cultural em Vila Verde, onde teremos oportunidade de falar das obras da Bienal e de outros temas relacionados com a arte, desenvolvendo um pouco o ponto de vista de cada um sobre a mesma», sublinha

 

 

Relembramos que o Júri da 11ª edição da Bienal Internacional de Vila Verde atribuiu o 'Grande Prémio da Bienal Internacional de Arte Jovem- Prémio BPI', em ex-aequo, aos artistas Pedro Cunha e Bruno Grilo, que concorreram com as obras "Pedras no Sapato" e "Baía Mar", respetivamente.

 

As visitas à exposição terão de ser agendadas e poderão ser guiadas já a partir da próxima segunda feira, 19 de outubro e até 27 de novembro.

 

13/10/2020

MÓNICA MINDELIS EM RESIDÊNCIA ARTÍSTICA EM VILA VERDE A PARTIR DA PRÓXIMA QUINTA FEIRA
 

  • Artista irá desenvolver uma obra de arte para o concelho, em regime aberto, a partir da imagem dos Lenços de Namorados



Integrada no projeto d e Residências Artísticas “ Amar o Minho”, do Minho Inovação, e no programa da 11ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, que decorre de 17 de outubro a 27 de novembro, esta iniciativa pretende enaltecer o artesanato, através da criação artística de uma obra de arte inspirada na imagem dos Lenços de Namorados, ex-líbris do concelho de Vila Verde.

Durante a residência, que acontecerá de 15 a 30 de outubro na Aliança Artesanal de Vila Verde, a artista brasileira, Mónica Mindelis, irá estabelecer contacto com as artesãs locais, grandes impulsionadoras da tradição, de forma a aprender os principais pontos, desenhos e motivo s desta herança cultural.

Habituada a explorar os processo do têxtil nos seus desenhos, Mónica Mindelis fará, também, uma abordagem conceitual ao feminino e ao Minho en qua nto ter ritório de afetos.

O projeto, inédito em Portugal, cria a maior rede de residências artísticas nos 24 municípios representados pelas três CIM da região, numa estratégia concertada que se destina a reforçar a identidade cultural do Minho e, desta forma a dinamizar o território do ponto de vista artístico e turístico.


O processo de residência artística decorrerá em regime aberto e com possibilidade d o público assistir ao trabalho ao vivo.


Local: Centro de Dinamização Artesanal de Vila Verde – Aliança Artesanal

Período: 15 a 30 de out ubro

Visitas: 3ª e 5ª, 9:30-12:00 e 14:30-17:00 - limite máximo de 5 pessoas/visita




Aproveitamos para relembrar que esta e outras iniciativas serão abordadas na Conferência da Bienal Internacional de Arte Jovem que decorre, amanhã, 14 de outubro, às 11h00, na Biblioteca Municipal de Vila Verde.

08/10/2020

 

PEDRO CUNHA E BRUNO GRILO SÃO OS GRANDES VENCEDORES DA 11ª EDIÇÃO DA BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE JOVEM DE VILA VERDE

 

Artistas concorreram com as obras "Pedras no Sapato" e "Baía Mar"

 

 

O Júri da 11ª edição da Bienal Internacional de Vila Verde atribuiu o 'Grande Prémio da Bienal Internacional de Arte Jovem- Prémio BPI', em ex-aequo, aos artistas Pedro Cunha e Bruno Grilo, que concorreram com as obras "Pedras no Sapato" e "Baía Mar", respetivamente.

Na reunião de premiação, que decorreu na tarde de ontem, na Biblioteca Municipal de Vila Verde, foram avaliadas as 78 obras  a concurso, que integrarão a exposição no período de 17 de outubro a 27 de novembro.

 

O Júri, composto pelo Pintor- Coordenador Artístico e Presidente de Júri, Luís Coquenão, pelo Artista Plástico e Presidente da D'Arte, Maciel Cardeira, pelo Arquiteto Jean Pierre Porcher, pelo Artista Plástico, Isaque Pinheiro, pelo Artista Plástico, Rafael Ibarra e pelo Artista e vencedor da 10ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, João Gomes Gago, atribuiu, ainda, os seguintes prémios:

 

  • Segundo Prémio da Bienal Internacional de Arte Jovem, à obra de Juliana Julieta "O sonho de ontem (yesterdaydream)";

  • Prémio Revelação- IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude), à obra de Mário Diogo "Quem sou eu e nós?".

 

Foram ainda atribuídas três Menções Honrosas às obras: "RGB", do artista João Sousa Pinto"Máscara I" de Diogo Nogueira e a "Feel Like Home", de Rafael Oliveira.

 

Concorreram a esta edição vários artistas nacionais e internacionais, nas modalidades de cerâmica, desenho, escultura, gravura, pintura, técnica mista, tapeçaria, design, fotografia plástica, vídeo e instalação.

 

A Vereadora da Cultura, Educação e Ação Social, Dr.ª Júlia Fernandes, ressaltou, uma vez mais, a importância do projeto, afirmando que «a Bienal é uma excelente oportunidade de divulgação do trabalho artístico. Tivemos uma grande adesão a esta edição e temos obras fantásticas que merecem, sem dúvida, ser vistas e partilhadas".

 

 

Relembramos que a inauguração da 11ª edição da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, será no próximo sábado, 17 de outubro, na Biblioteca Municipal de Vila Verde.

28/08/2020

ENTREGA DAS OBRAS A CONCURSO PARA A 11ª EDIÇÃO DA BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE JOVEM DE VILA VERDE DECORRE DE 1 A 18 DE SETEMBRO 

 

 

De 1 a 18 de setembro, os participantes da 11ª edição da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde devem proceder à entrega das obras propostas a concurso, na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela.

 

O horário de funcionamento é:

 

Segunda a Sexta-feira - Manhãs: 9h30-13h00 / Tardes:14h30-18h00. Sábados e Domingos: encerrada.

 

 

Relembramos que, devido à propagação de COVID-19 e dada a conjuntura atual do nosso país, a data da abertura da exposição, que estava prevista para o passado mês de maio, foi adiada para 17 de outubro de 2020.

 

No entanto, não sendo possível afastar a possibilidade de um eventual novo surto da Covid-19, e acaso não se verifiquem condições de segurança para a realização da exposição em instalações físicas e com visitas presenciais, o Município de Vila Verde procederá à sua difusão através de suporte digital, passando todas as atividades programadas a ser realizadas também virtualmente.

04/06/2020

Entrevista a Rafael Ibarra- Artista Plástico e Júri na Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

«As artes e a criatividade sempre foram grandes armas em tempos difíceis»

  • Como é que tem vivido este momento de pandemia? Qual a sua reflexão enquanto artista, do momento que estamos a vivenciar?

«Tenho vivido esta pandemia como todas as pessoas, em isolamento domiciliário com a minha família mais próxima. Tenho vivido em tranquilidade e positivismo, tentando estar informado o melhor possível. Enquanto artista, penso que o poder da cultura é essencial nestes momentos de crise e isso viu-se refletido nos consumos da população durante este isolamento: cinema, música, literatura, dança, arte, etc…as visitas virtuais aos grandes museus do mundo dispararam nesta pandemia, criaram-se vários canais de entretenimento. Houve tempo para ler, para ouvir música, para devorar cinema. As artes e a criatividade sempre foram grandes armas em tempos difíceis.»

  •  Em termos de “aprendizagem social”, acha que esta pandemia vai trazer efeitos positivos no comportamento das pessoas?

«A pandemia serviu para percebermos muita coisa enquanto cidadãos e enquanto humanos. O papel da cultura na sociedade, o papel dos media na informação / desinformação, o comportamento social perante as diversas posturas dos governos mundiais, o papel da biopolítica na sua função, a importância da proximidade física e das ligações humanas, o respeito pelo nosso meio ambiente, entre tantas outras coisas. Há uma aprendizagem social muito clara neste momento, espero que após esta rápida aprendizagem não venha um também rápido esquecimento.»

  •  De que forma é que acha que esta pandemia afetará os movimentos artísticos em Portugal? Exposições, concertos…. Etc

«Esta pandemia afetou muito a cultura em Portugal. Sabemos que por 2 meses praticamente tudo parou…E pelo menos este ano todos os festivais de música, de arte, de teatro, de poesia, etc, foram cancelados ou adiados, ou tiveram que se adaptar ou reinventar-se…Os artistas não vão parar de produzir arte, há muito que as plataformas digitais nos acompanham e é uma ferramenta importante para chegarmos ás massas, no entanto o contacto entre artista e observador foi muito prejudicado o que faz com que todo o processo criativo seja muito mais pobre e a própria obra perca dimensão»

  •  Em relação à Bienal, no caso de ter de se realizar maioritariamente “online”, o que acha que muda em termos artísticos?

«Muda tudo. O espírito da obra, se quisermos falar em termos "benjaminianos", deteriora-se. Não há espírito artístico, numa exposição online, reduz-se a uma mera ferramenta de venda e conhecimento das obras. Pelo menos é o que eu penso. É difícil apreciar a obra em toda a sua dimensão e realidade. Contudo, com estas novas condicionantes temos que nos adaptar e sermos inteligentes para realizar a Bienal, portanto este ano será online. Isso afetará obviamente os jovens artistas que gostariam de ver a sua obra pendurada num museu, galeria ou espaço cultural. Se a obra física nunca sai de casa, realmente existe? A nova realidade é uma realidade virtual? Se o artista só vai apresentar obras virtualmente, todo o processo de construção da obra muda? São questões que têm que ser repensadas…»

  • Veem-se muitos artistas inspirados em trazer conteúdo novo. Acha que esta nova realidade despertou novas formas de ver o mundo e, consequentemente, mais inspiração para as pessoas se “reinventarem”?

«A ideia de inspiração para um artista que trabalha todos os dias não é a mesma que para uma pessoa que vê a obra de    fora. Eu não acredito na ideia de “inspiração”. A “inspiração”, para o artista, passa a chamar-se de estrutura de trabalho pessoal e tem mais a ver com processos artísticos de leitura / escritura, contexto / investigação e experimentação de materiais e técnicas. Não acredito que por causa desta realidade os artistas se reinventem. Os artistas já vivem a reinventar-se cada vez que pintam uma nova série, que atuam numa nova peça, que escrevem e cantam um novo álbum… Agora, no meu ponto de vista, o que pode acontecer é que esta pandemia influencie o artista nas suas temáticas. Obviamente que o contexto afeta as pessoas e a os artistas em específico. Geralmente uma obra artística está carregada de três coisas: contexto histórico-social, a escola que frequentaste (não é igual estudar na escola de artes do Porto no ano passado, a estudar em Paris nos anos 30) e por fim a paixão e temas pessoais. A balança equilibra-se entre estas três características.»

31/05/2020

 

Estivemos à conversa com Maciel Cardeira, artista vilaverdense e membro do júri da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde 

«Este tempo de pandemia é o tempo para observar, viver e sentir, porque o mundo abrandou, e como tal,cinema, música ,arte ganham espaço e são redescobertos.»

  • Como é que tem vivido este momento de pandemia? Qual a sua reflexão enquanto artista, do momento que estamos a vivenciar?

«Tenho aproveitado para criar. Por incrível que pareça, neste período de estagnação mundial, penso que seja um momento por excelência para os artistas criarem, questionarem ou mesmo interpelarem e reinventarem.
Este tempo novo que estamos a viver, vai levar, seguramente, arquitetos a repensar espaços, a colocar a casa como centro do mundo, espaços sociais como territórios seguros e saudáveis para confraternizar. No domínio das artes visuais essa necessidade de construir, reinventando novos espaços irá gerar necessidades estéticas e conceptuais.
No domínio da obra pública é preciso criar atratividade cultural na busca de novos produtos culturais de espaço público, variando a oferta, criando valor acrescentado aos municípios.»

  •  Em termos de “aprendizagem social”, acha que esta pandemia vai trazer efeitos positivos no comportamento das pessoas?

«De uma forma geral, essa consciencialização de que a natureza "se quiser" trata da extinção do homem, penso que será positiva na mudança de comportamentos.
Enquanto latino e minhoto não me sinto nada confortável com esta falta de abraços e cumprimentos, mas efetivamente, a consciencialização social sobre a extinção da espécie humana e a necessidade de nos colocarmos ao lado de outras espécies e não adotarmos uma atitude superior, é desde há muito tempo o meu conceito adoptado enquanto conceito "escultórico land art".»

  • De que forma é que acha que a esta pandemia afetará os movimentos artísticos em Portugal? Exposições, concertos…. Etc.

«O mercado da arte em Portugal e no mundo já vem sofrendo uma mutação há alguns anos. As galerias online tornaram-se mais democráticas, criando novos conceitos, novos preços, novas tendências e penso que essa tendência se vai acentuar com a pandemia.
Dou aulas de artes criativas há 16 anos e tenho vindo a sentir uma degradação nesta área. As aulas de artes, por exemplo, precisam de tempo espaços e materiais.»

  • Em relação à Bienal, faço-lhe a mesma pergunta que fiz ao Luís Coquenão. No caso de ter de se realizar maioritariamente “online”, o que muda em termos artísticos?

Não é a mesma coisa porque se perdem sinergias. Uma bienal de arte é um encontro de artistas, local de interpelação de públicos, onde acontece diálogo, inquietação , debate de ideias, novas ideias...é um acontecimento que só existe de dois em dois anos e se o tornarmos impessoal todos perdemos.
A bienal é um evento artístico criado pela associação d'arte para dar voz, experiências e vivências aos jovens e acima de tudo dar a oportunidade de expor suas obras.
Na bienal criamos a oportunidade de ganhar prémios e fazer surgir novos artistas no panorama nacional e internacional , num dialogo saudável com outros artistas mais "consolidados", criando oportunidades de contacto próximo.

  •  Veem-se muitos artistas inspirados em trazer conteúdo novo. Acha que esta nova realidade despertou novas formas de ver o mundo e, consequentemente, mais inspiração para as pessoas se “reiventarem”?

Penso que não será por causa da pandemia que ião surgir novos conceitos, porque a obra do artista acontece antes, vive antes e só é descoberta depois. Este tempo de pandemia é o tempo para observar, viver e sentir, porque o mundo abrandou, e como tal,cinema, música , arte ganham espaço e são redescobertos.

28/05/2020

 

Minho inovação lança projeto de rede residências artísticas em 24 municípios

-» O projeto passa pela Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde através da artista Mónica Mindelis

 

Vila verde integra o projeto do Minho Inovação" e no âmbito da Bienal Internacional de Arte Jovem, prevista para o periodo de 16 de outubro a 27 de novembro, vai acolher uma residência artística, através da qual se vai desenvolver um trabalho a partir do artesanato, em torno dos lenços de namorados.

A artista convidada é Mónica Mindelis que tem explorado muito a questão do têxtil. Através do contacto com as técnicas tradicionais e artesãos locais, pretende-se que a artista desenvolva um objeto artístico e partir da técnica e da estética dos lenços de namorados.

Toda a programação da Bienal, no âmbito da qual está incluída esta residência artística será comunicada oportunamente, através do site e facebook.

Galeria Online da artista Mónica Mindelis

 

19/05/2020

Luís Coquenão, Pintor e Diretor Artístico da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, contou-nos como foi selecionar as obras para a 11º edição e mostra-se otimista para a exposição agendada para outubro deste ano.

  •  Devido ao panorama atual, houve alguma dificuldade acrescida em selecionar as obras para a 11º edição da Bienal?

 Luís Coquenão -» Dificuldades em seleccionar obras sempre houve. Todas as reuniões de júri de que me lembro, foram trabalhosas. Sendo um trabalho de grupo, nem sempre conseguíamos o consenso necessário para as resoluções.
Desta vez, apesar dos constrangimentos, houve mais tempo para tomar decisões e amadurecer as opiniões, mas não foi mais difícil do que nas edições anteriores.

  •  O que achou das obras/artistas participantes desta edição? Há algumas que se destacam?

Luís Coquenão -» Posso dizer que houve consenso imediato sobre algumas obras, mas haverá uma nova reunião do júri, desta vez para a premiação. Nessa altura serão conhecidas essas preferências.

  •  Acha que é possível realizar uma exposição nos mesmos moldes que foi sendo realizada até agora? Se vier a ser online, devido ao vírus, o que muda em termos "artísticos"?

Luís Coquenão -» Penso que haverá uma exposição normal, sou optimista. Com as incertezas que temos pela frente, cinco meses parecem uma eternidade. Tudo o que se disser agora não será de grande utilidade, a não ser acreditar que estaremos, pelo menos,suficientemente adaptados a esta nova forma de convivência e a Bienal vai ser reflexo disso.
Quanto à alternativa online, é sempre uma possibilidade e é uma forma viável de ver a exposição. No entanto, alguma coisa se perderá no caminho. As disciplinas mais tecnológicas como a fotografia e o vídeo estarão, sem dúvida no seu elemento, mas as outras técnicas mais tradicionais perdem bastante da sua natureza na ausência física do objecto.
No entanto em termos de divulgação, vejo uma apresentação online como uma forma bastante eficaz e uma oportunidade de alargar o público da Bienal. Mesmo em circunstâncias normais esta divulgação faz sentido, uma vez que grande parte do público interessado poderia ter acesso independentemente da distância.

  •  Temos vários artistas estrangeiros a participar na Bienal... acha que eles têm mais interesse em participar na Bienal do que artistas portugueses?

Luís Coquenão -» Tal como com os artistas portugueses que concorrem a bienais ou concursos por todo o mundo, a intenção é sempre a da divulgação do seu trabalho. Quanto mais alargada, melhor. A maior dificuldade em participar em concursos mais distantes é o que envolve o transporte das obras. Nesse aspecto, os artistas que usam o suporte digital serão os que sentem maior facilidade em concorrer sejam nacionais ou internacionais.

  •  A quarentena e o estar em casa, veio despertar a "veia artística" de muitas pessoas, nas mais diversas áreas. Acha que é possível ter inspiração, nas áreas que concorrem à Bienal, estando a viver a situação que vivemos atualmente?

Luís Coquenão -» Penso que para a maior parte dos artistas, trabalhar num maior isolamento é uma condição necessária para a criação artística.

  •  Quais são as suas perspectivas para a Bienal deste ano?

Luís Coquenão -» Não são muito diferentes das Bienais anteriores. É muito importante manter um canal aberto à divulgação e dignificação da criação artística, sobretudo nos jovens. Esta é a razão da existência desta Bienal assim como de outros eventos desta natureza. Mais uma vez a Bienal vai cumprir com esse desígnio simples.
Como desta vez a exposição vai decorrer em período lectivo, esperamos também que cumpra um objectivo didático, cativando o interesse dos professores e das escolas.
Por isso espero também que haja um aumento significativo de público e que desperte a curiosidade de pais e alunos, como de resto já acontece com a Bienal na Escola.

15/05/2020

Em 2018 foi assim !
Relembramos que a Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde foi adiada para 17 de outubro deste ano. Mal podemos esperar para espreitar as obras selecionadas 

09/05/2020

11ª BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE JOVEM DE VILA VERDE ADIADA PARA 17 DE OUTUBRO

A organização da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde informa que, devido à propagação de COVID-19 e dada a conjuntura atual do nosso país, a data da abertura da exposição, que estava prevista para o presente mês de maio, foi adiada para 17 de outubro de 2020.

 

No entanto, não sendo possível afastar a possibilidade de um eventual novo surto da Covid-19, e acaso não se verifiquem condições de segurança para a realização da exposição em instalações físicas e com visitas presenciais, o Município de Vila Verde procederá à sua difusão através de suporte digital, passando todas as atividades programadas a ser realizadas também virtualmente.

 

 

  • Exposição contará com 81 obras de vários artistas nacionais e internacionais

 

 

O Júri de Seleção das Obras a Concurso, composto pelo Coordenador Artístico e Presidente do Júri, o Pintor Luís Coquenão, pelo Artista Plástico Maciel Cardeira, pelo Pintor e Arquiteto Jean Pierre Porcher e pelo Artista Plástico Rafael Cruz Ibarra reuniu, tendo selecionado 78 obras que irão fazer parte da exposição, das 119 apresentadas a concurso.

Concorreram à 11ª edição da Bienal, 78 artistas de várias nacionalidades, desde Espanha, Brasil, Angola, Colômbia, que apresentaram obras em modalidades de pintura, Instalação, Escultura, Vídeo, Fotografia, Desenho, Técnica Mista e Escultura.

A par destas obras, as três premiadas no âmbito do Concurso A Bienal na Escola 2018/19, também irão integrar a Exposição que passará a compreender, assim, 81 obras.

 

Caso não haja alterações de datas, relacionadas com a possível evolução de COVID-19 em Portugal, deverá ser considerado o seguinte calendário:

 

Entrega das obras selecionadas: 1 a 18 de setembro

Divulgação dos Premiados: até 15 de outubro

Exposição das Obras selecionadas: 17 de outubro a 27 de novembro

19/03/2020

10/03/2020

De 16 de maio a 18 de julho está de volta a Vila Verde a Bienal Internacional de Arte Jovem, o maior evento artístico e cultural do concelho. Nesse sentido, relembramos que o prazo de inscrição e entrega dos projetos propostos a concurso decorre até à próxima sexta-feira, dia 13 de março.

Recordamos que, esta iniciativa, cuja direção está a cargo do Artista Plástico e Diretor Artístico, Luis Coquenão, é destinada a artistas nacionais e estrangeiros até aos 35 anos, a concluir até 31 de dezembro de 2019, residentes ou não em Portugal.

O concurso e a exposição compreenderão, como habitualmente, as modalidades de cerâmica, desenho, escultura, gravura, pintura, técnica mista, tapeçaria, design, fotografia plástica, vídeo e instalação. Os projetos admitidos a concurso deverão ser entregues até 22 de abril nos serviços da Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde, e a exposição decorrerá de 16 de maio a 18 de julho.

Nesta edição será atribuídos os seguintes Prémios:

  • Grande Prémio Bienal Internacional de Arte Jovem, no valor de 3.000,00€;

  • Prémio Revelação (até aos 20 anos de idade), no valor de 2.500,00€;

  • Segundo Prémio da Bienal Internacional de Arte Jovem, no valor de 1.500€;

  • Menções Honrosas por modalidade.

A Bienal é uma iniciativa promovida pelo Município de Vila Verde e pela Associação D'Arte em colaboração com o Instituto Português do Desporto e da Juventude/Direção Regional do Norte e tem como principais objetivos a promoção e o desenvolvimento artístico dos jovens, assim como a divulgação e valorização o seu trabalho.

No caso de qualquer dúvida ou informação, por favor, consulte o regulamento disponibilizado na secção "Documentos"
As inscrições devem ser remetidas para bienal@cm-vilaverde.pt.

2018/06/29

Informação

Vencedores da 10ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde

 

PREMIADOS:

 

  • Grande Prémio Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde: “Sem Titulo” (obra dois) de João Gomes Gago

     

  • 2º Prémio da Bienal Internacional de Arte Jovem: “Sem Titulo” (obra dois) de João Pedro Trindade

     

  • Prémio Revelação (até aos 20 anos de idade): Ex eaquo às obras “Masters of Doom” de Maria Diana da Costa e “O Olho” de Alves

 

 

MENÇÕES HONROSAS

  • “Um litro e meio de tinta” de Hugo Castro

  • “La danza de la ratuna interessante” de Lalo Lugo

  • “Intervalo absoluto” de Daniela Carneiro Lino

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